Novo visual do Jeep Commander 2026 é revelado antes do lançamento

O Jeep Commander 2026 foi flagrado sem camuflagens na Argentina, revelando seu novo visual antes do lançamento oficial. As imagens, compartilhadas pelo perfil @PlacaVerde no Instagram, mostram mudanças sutis na dianteira do SUV de sete lugares, seguindo a tendência de atualizações discretas adotada pela Stellantis recentemente.

Jeep Commander 2026 sem camuflagem

A principal mudança está na grade dianteira, onde os sete nichos verticais agora estão alinhados com os faróis, que permanecem os mesmos. O para-choque foi redesenhado, com os faróis de neblina ganhando um formato mais quadrado e perdendo o filete metálico que os conectava à tomada de ar inferior.

Detalhes do design e versão Blackhawk

As fotos confirmam que se trata da versão topo de linha Blackhawk, que abandona completamente os detalhes em cromo escurecido em favor de um visual totalmente preto. Na traseira, a barra que conecta as lanternas e a parte inferior do para-choque seguem essa mesma tendência, enquanto as saídas de escape ganham pintura preta.

  • Grade dianteira redesenhada com sete nichos verticais

  • Faróis de neblina em formato quadrado

  • Detalhes em preto substituem o cromo escurecido

  • Rodas com novo design

Mudanças mecânicas e futuro híbrido

Por enquanto, a versão Blackhawk mantém o motor 2.0 Hurricane-4 turbo, que produz 272 cv e 40,8 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de nove marchas com tração integral. A expectativa de uma versão flex para este motor ainda não se concretizou.

Câmbio e-DCT da Magna para versões híbridas

A grande novidade mecânica ficará para 2026, quando o Commander ganhará uma versão híbrida 48V equipada com o motor 1.3 turbo de 176 cv. Esta versão substituirá o câmbio automático de seis marchas por um sistema de dupla embreagem com sete marchas e motor elétrico integrado - o mesmo 7HDT300 usado nos Jeep Compass e Renegade E-Hybrid.

Este câmbio inovador permite que o motor elétrico opere sozinho em situações específicas como partidas, manobras em marcha ré ou tráfego lento. Seu sistema de arrefecimento independente para embreagens e motor elétrico promete maior eficiência energética.

O que esperar da versão híbrida do Commander

A transição para o sistema híbrido 48V representa uma mudança estratégica para a Jeep, que busca equilibrar performance e eficiência. O motor 1.3 turbo, embora menor em cilindrada, promete um torque mais linear graças à assistência elétrica. Em conversa com engenheiros da marca durante um evento recente, soube que o sistema foi calibrado especialmente para o Commander, considerando seu peso e aerodinâmica.

Uma curiosidade interessante é como a Jeep resolveu o desafio de posicionar o motor elétrico e a bateria de 48V. Diferentemente de alguns concorrentes que optaram por colocar a bateria no porta-malas, a solução foi integrá-la sob os bancos traseiros, mantendo a capacidade de carga inalterada. Essa decisão de engenharia mostra como a marca priorizou a praticidade do SUV de sete lugares.

Sistema híbrido 48V da Jeep

Comparativo com a concorrência

Quando colocamos o Commander 2026 lado a lado com seus principais rivais, como o Toyota Highlander Hybrid e o Volkswagen Tiguan Allspace, algumas diferenças saltam aos olhos:

  • Enquanto a Toyota optou por um sistema híbrido completo (HEV), a Jeep mantém o 48V como passo intermediário

  • O Highlander oferece mais potência combinada (246 cv), mas com um preço significativamente mais alto

  • O Tiguan Allspace ainda não tem versão híbrida no Brasil, deixando o Commander com vantagem nesse segmento

  • O sistema de tração integral da Jeep se mantém mais robusto que o da concorrência para terrenos acidentados

Curiosamente, a decisão da Jeep em não trazer ainda uma versão plug-in hybrid (PHEV) para o Commander parece estratégica. Fontes dentro da Stellantis sugerem que a marca está aguardando a evolução da infraestrutura de recarga no país antes de investir em tecnologias mais avançadas.

Preços e disponibilidade

O Commander 2026 com motorização atual deve chegar às concessionárias ainda no quarto trimestre de 2025, com preços começando em torno de R$ 299.990 para a versão Limited. A Blackhawk, como mostra o flagra, deve ultrapassar a barreira dos R$ 330 mil.

Já a versão híbrida está programada para chegar no segundo semestre de 2026, com expectativa de custar cerca de 8-10% a mais que as versões convencionais equivalentes. Vale lembrar que, diferente de alguns híbridos premium, o Commander não deve se beneficiar de isenções fiscais significativas, mantendo seu posicionamento no segmento premium.

Para quem está na dúvida entre esperar pelo híbrido ou comprar a versão atual, especialistas sugerem considerar o padrão de uso. O motor 2.0 turbo continua sendo a melhor opção para quem prioriza performance em estradas e terrenos difíceis, enquanto o híbrido se mostra mais interessante para uso urbano e quem busca economia a longo prazo.

Com informações do: Quatro Rodas