Com lançamento marcado para 4 de setembro, Hell is Us da Nacon vem gerando expectativa entre os jogadores de PlayStation 5, Xbox Series e PC. As primeiras análises da imprensa especializada começaram a surgir, revelando um jogo que divide opiniões mas conquista pela ousadia de sua proposta.

Notas e avaliações agregadas

Nos principais agregadores de críticas, Hell is Us mantém uma performance sólida, embora com algumas variações interessantes. No Metacritic, o título alcança 77 pontos em 68 análises, enquanto no OpenCritic a média sobe para 82 pontos baseada em 47 avaliações. Curiosamente, essa diferença entre as plataformas sugere que o jogo pode estar ressoando de maneira distinta com diferentes públicos de críticos.

O Adrenaline concedeu ao jogo o selo prata, equivalente a 80 pontos, destacando aspectos positivos mas também apontando limitações significativas.

Para conferir as análises completas: Metacritic | OpenCritic

Desenvolvedor de Hell is Us recomenda ajustes de resolução

O que dizem os principais veículos

A IGN atribuiu 80/100 e elogiou a abordagem de exploração: "Hell is Us é um jogo baseado em exploração. Ele convida você a descobrir a história e os segredos do seu mundo no seu próprio ritmo, sem um único indicador de missão à vista. O resultado é uma aventura desafiadora que recompensa constantemente o jogador com sentimentos muito positivos."

Já a PSX Brasil foi ainda mais entusiástica, concedendo 90/100: "Hell is Us é um jogo que se destaca pela ousadia em fazer você pensar. Ele foge do convencional e consegue cativar você de uma forma que talvez outros títulos similares do gênero não conseguissem."

David Carcasole da Wccftech deu 85/100 e destacou: "Hell is Us é uma conquista incrível e permanecerá facilmente como um dos melhores jogos de 2025. Com uma atmosfera rica, visuais impressionantes, história profunda, personagens maravilhosamente construídos e uma experiência de combate bastante sólida, é um jogo imperdível."

Por outro lado, a GameSpot foi mais contida com 70/100: "Hell is Us promete uma aventura narrativa sem ajuda externa, e entrega isso principalmente por meio de exploração gratificante e combate experimental."

Cena de combate em Hell is Us mostrando variedade limitada de inimigos

Uma proposta narrativa ousada

O jogo se passa em um país isolado devastado por conflitos internos, onde os jogadores devem descobrir segredos do passado enquanto lidam com os resultados de uma calamidade misteriosa. A premissa sugere uma reflexão sobre a natureza humana e os horrores da guerra - daí o título sugestivo Hell is Us (O Inferno Somos Nós).

Particularmente me chamou atenção como os desenvolvedores optaram por não incluir indicadores de missão tradicionais, forçando os jogadores a confiarem em sua própria curiosidade e habilidades de observação. É uma abordagem arriscada que, pelas análises, parece ter funcionado para alguns, mas não para todos.

O combate, descrito como "experimental" pela GameSpot, e a variedade limitada de inimigos aparecem como pontos que dividiram a crítica. Alguns veem profundidade onde outros encontram repetição.

Exploração como protagonista da experiência

O que realmente me impressiona em Hell is Us é como a exploração não é apenas um elemento do jogo - ela é a própria essência da experiência. Em uma era onde muitos títulos AAA nos guiam de forma quase paternalista de waypoint em waypoint, aqui você está verdadeiramente por conta própria. E sabe o que é mais interessante? Essa abordagem cria momentos genuínos de descoberta que raramente encontramos em outros jogos.

Lembro de uma análise que li onde o crítico descrevia como passou quase uma hora simplesmente observando os detalhes ambientais antes de sequer engajar em qualquer combate significativo. O jogo te recompensa por ser curioso, por prestar atenção aos pequenos sinais visuais e sonoros que outros títulos tratariam como meros elementos decorativos.

Mas será que essa liberdade total funciona para todo mundo? Confesso que tenho minhas dúvidas. Para jogadores acostumados com estruturas mais tradicionais, essa falta de direção pode ser frustrante - quase como chegar em uma cidade desconhecida sem mapa GPS e com poucos sinais de trânsito.

Ambiente detalhado de Hell is Us com elementos de exploração orgânica

O combate experimental: inovação ou limitação?

O sistema de combate de Hell is Us parece ser o grande divisor de águas entre as críticas. De um lado, temos analistas elogiando sua profundidade tática e a necessidade de aprender padrões de ataque dos inimigos. Do outro, críticos apontam repetição e falta de variedade que pode cansar após algumas horas.

O que me chamou atenção foi como o jogo parece abandonar a progressão tradicional de poder. Em vez de simplesmente ficar mais forte, você precisa ficar mais inteligente - aprender quando atacar, quando esquivar, quando usar o ambiente a seu favor. É quase como um dance macabro onde cada erro é severamente punido.

Particularmente, aprecio quando desenvolvedores tentam algo diferente, mesmo que não funcione perfeitamente. Prefiro um combate ambicioso que tropeça ocasionalmente do que um sistema genérico que funciona bem mas não oferece nada novo. Hell is Us claramente cai na primeira categoria.

Alguns veículos mencionaram que a variedade limitada de inimigos força os jogadores a dominarem completamente cada tipo de adversário, criando uma sensação de maestria quando você finalmente entende como lidar com cada um. Outros, no entanto, sentiram que essa repetição tornava o combate monótono após o initial learning curve.

A narrativa fragmentada e a arte de contar histórias ambiental

Ah, a narrativa - talvez o aspecto mais polarizante de Hell is Us. O jogo não te entrega a história de bandeja através de cutscenes intermináveis ou diálogos expositivos. Em vez disso, ele espalha fragmentos narrativos pelo mundo: diários abandonados, gravações de áudio, inscrições nas paredes, até mesmo a disposição dos corpos e objetos conta parte da história.

Essa abordagem me lembra um pouco What Remains of Edith Finch, mas em escala muito maior e com um tom decididamente mais sombrio. Você precisa literalmente montar o quebra-cabeça narrativo, e diferentes jogadores podem sair com interpretações ligeiramente diferentes dos eventos.

É fascinante como essa técnica cria uma sensação de autoria compartilhada - você não está apenas consumindo uma história, mas participando ativamente de sua reconstrução. Claro, isso também significa que se você não for meticuloso na exploração, pode perder elementos cruciais da trama.

Elementos narrativos ambientais em Hell is Us mostrando diários e documentos

Um crítico mencionou como descobriu um aspecto fundamental da backstory apenas porque decidiu voltar a uma área que já havia explorado, encontrando um documento que antes estava escondido atrás de uma pilha de entulho que se moveu durante um combate. São esses momentos orgânicos de descoberta que parecem definir a experiência.

Performance técnica e otimização

Com o lançamento se aproximando, muitos jogadores estão curiosos sobre como Hell is Us performa tecnicamente. Pelos relatos iniciais, o jogo parece bem otimizado para PC e consoles atuais, mantendo framerates estáveis mesmo durante cenas mais caóticas.

Interessantemente, os desenvolvedores já demonstraram receptividade ao feedback técnico. Lembro que durante a demo, alguns jogadores relataram problemas de performance, e a equipe rapidamente sugeriu ajustes de configuração enquanto trabalhavam em correções. Essa transparência é sempre bem-vinda, especialmente em um lançamento tão aguardado.

Os elementos visuais, particularmente a iluminação e os efeitos atmosféricos, receberam elogios consistentes da crítica. O jogo parece conseguir criar uma sensação palpável de lugar - você quase pode sentir o peso do ar carregado de poeira e a tensão silenciosa dos ambientes abandonados.

No aspecto sonoro, as análises destacam a trilha sonora atmosférica e o design de som cuidadoso, onde cada passo ecoa de maneira diferente dependendo do ambiente, criando pistas auditivas importantes para a navegação e até para o combate.

Com informações do: Adrenaline