Windows 11 vs Windows 10: A batalha de desempenho

Quase três anos após seu lançamento, o Windows 11 continua sendo questionado por usuários e especialistas sobre um ponto crucial: por que o sistema operacional mais recente da Microsoft apresenta desempenho inferior ao seu antecessor, o Windows 10?

Um programador dedicado mergulhou fundo nas entranhas do Windows 11, analisando especialmente a versão 24H2, e descobriu que o sistema ativa um modo de "economia silenciosa de energia" que pode estar impactando negativamente sua performance. Mas será que essa é a única explicação?

O que os testes revelam

Comparações detalhadas entre as duas versões do sistema operacional mostram que, em muitos cenários:

  • O Windows 10 apresenta tempos de inicialização mais rápidos

  • Aplicativos pesados tendem a rodar com mais fluidez na versão anterior

  • Jogos mostram taxas de quadros ligeiramente superiores no Windows 10

Curiosamente, a diferença se torna mais perceptível em hardware mais antigo, mas mesmo em máquinas modernas o Windows 10 mantém certa vantagem. Por que a Microsoft não conseguiu superar seu próprio produto anterior?

Possíveis explicações técnicas

Especialistas apontam vários fatores que podem contribuir para essa disparidade:

  • O novo sistema de segurança baseado em virtualização (VBS) que consome recursos

  • As exigências mais altas de hardware do Windows 11

  • O foco da Microsoft em novas funcionalidades em detrimento da otimização

  • O modo de economia de energia mencionado anteriormente

Na minha experiência usando ambos os sistemas, percebo que o Windows 11 parece priorizar o visual e a segurança em detrimento da performance bruta. Será que esse trade-off vale a pena para o usuário comum?

Impacto no dia a dia do usuário

Essas diferenças de desempenho não são apenas números em benchmarks - elas se traduzem em experiências reais para os usuários. Um editor de vídeo que testou ambos os sistemas relatou que renderizações complexas levam em média 8-12% mais tempo no Windows 11. Para profissionais que trabalham com grandes arquivos ou processos demorados, essa diferença pode significar horas perdidas ao longo de uma semana.

Mas e os usuários casuais? Mesmo em tarefas simples como abrir múltiplas abas no navegador ou alternar entre aplicativos, muitos relatam uma sensação de "arrastado" no Windows 11 que simplesmente não existe no Windows 10. Por outro lado, vale lembrar que o Windows 11 introduziu melhorias significativas na gestão de memória e no agendamento de processos - então por que essa vantagem não é mais visível?

O dilema da Microsoft

Aparentemente, a empresa se encontra em uma encruzilhada tecnológica. De um lado, a pressão por inovações e recursos de segurança que atendam às demandas modernas. Do outro, a necessidade de manter a performance que os usuários esperam de um sistema operacional.

Alguns analistas sugerem que a Microsoft pode estar sacrificando desempenho bruto por:

  • Preparação para arquiteturas futuras (como processadores com núcleos híbridos)

  • Implementação de camadas de segurança adicionais contra ameaças emergentes

  • Otimização para tecnologias que ainda não são amplamente adotadas (como DirectStorage)

E você, já parou para pensar quantas dessas "vantagens futuras" realmente beneficiam seu uso atual do sistema? Na prática, muitos usuários estão pagando um preço em performance por recursos que podem nunca utilizar plenamente.

O papel dos drivers e da compatibilidade

Outro fator frequentemente negligenciado nessa discussão é a qualidade dos drivers no Windows 11. Fabricantes de hardware parecem ter mais dificuldade em otimizar seus drivers para o novo sistema, especialmente para dispositivos mais antigos. Um caso emblemático envolve placas de vídeo de médio porte que, no Windows 10, rodam jogos sem problemas, mas no Windows 11 apresentam stuttering e quedas de FPS.

Isso levanta uma questão importante: até que ponto essas diferenças de desempenho refletem limitações reais do sistema operacional, e até que ponto são problemas de implementação que podem ser resolvidos com atualizações? Afinal, o Windows 10 teve anos de ajustes finos, enquanto o Windows 11 ainda está em fase de amadurecimento.

Na minha experiência testando ambos os sistemas em hardware idêntico, notei que o Windows 11 parece particularmente sensível a configurações específicas. Pequenos ajustes no plano de energia ou nas configurações de GPU podem fazer diferenças significativas - algo que não ocorria no Windows 10. Isso sugere que o sistema mais novo pode ser mais complexo de otimizar adequadamente.

Com informações do: IGN Brasil