Ubisoft provoca fãs com possível retorno de Splinter Cell
As redes sociais da Ubisoft estão em polvorosa. Um tweet misterioso da empresa, contendo apenas uma imagem de Sam Fisher e os emojis 👁️👄👁️, junto com a hashtag #SplinterCell, foi suficiente para incendiar a comunidade gamer. Afinal, depois de 12 anos desde o último lançamento (Blacklist, em 2013), será que o agente mais furtivo dos games está finalmente voltando?

O timing não poderia ser mais estratégico. Com o Summer Game Fest marcado para 6 de junho - evento onde a Ubisoft confirmou presença - muitos acreditam que a empresa pode revelar o futuro da franquia. Mas o que exatamente esperar? Um remake do clássico de 2002? Um reboot completo? Ou quem sabe uma sequência direta?
Os indícios que alimentam as teorias
Além do tweet enigmático, outros fatores sugerem que algo está sendo preparado:
Uma vaga para Level Designer mencionava explicitamente a "essência única de Splinter Cell"
O Sam Fisher na imagem parece visivelmente mais jovem que em Blacklist
A Ubisoft está em uma fase de reviver franquias clássicas (como Prince of Persia e possivelmente Assassin's Creed IV)
Curiosamente, em 2021 a empresa havia anunciado um remake do primeiro jogo, mas o projeto ficou em standby após a saída do diretor original. Será que retomaram o desenvolvimento?

O momento estratégico para o retorno
A Ubisoft enfrenta um período conturbado - demissões em massa, resultados financeiros abaixo do esperado e críticas mistas a seus últimos lançamentos. Nesse contexto, reviver uma franquia amada como Splinter Cell parece uma jogada inteligente.
E o timing é ainda mais interessante considerando o retorno de outro ícone do stealth: Snake, em Metal Gear Solid Delta. A rivalidade histórica entre as duas franquias poderia se reacender, beneficiando ambos os lados.
Mas será que a Ubisoft conseguirá capturar a essência que fez os jogos originais serem tão especiais? Em uma era onde os jogos se tornaram mais acessíveis e menos punitivos, como adaptar a jogabilidade furtiva e tensa que definiu a série?
O desafio de modernizar a fórmula clássica
Se um novo Splinter Cell está mesmo em desenvolvimento, a Ubisoft enfrenta um dilema criativo complexo. Os jogos originais eram conhecidos por seu ritmo deliberado, mecânicas rigorosas e atmosfera tensa - características que podem parecer "datadas" para o público atual acostumado com jogos mais dinâmicos.
Michael Ironside, o lendário dublador de Sam Fisher, já havia comentado em entrevistas anteriores sobre essa tensão criativa: "Os fãs querem a experiência autêntica, mas os estúdios sentem pressão para modernizar". Será que a Ubisoft encontrará um meio-termo satisfatório?

Lições aprendidas com os últimos lançamentos
A Ubisoft não pode ignorar as reações aos seus títulos mais recentes. Jogos como Ghost Recon Breakpoint e os últimos Assassin's Creed receberam críticas por serem "muito grandes e vazios". Para Splinter Cell, isso seria particularmente problemático - a série sempre se destacou por seus níveis cuidadosamente projetados, quase como quebra-cabeças de stealth.
Alguns elementos que os fãs esperam ver mantidos:
Sistema de luz e sombras que realmente impacta a jogabilidade
Inteligência artificial desafiadora que pune erros
Histórias políticas adultas sem concessões
Multiplayer assimétrico no estilo Spies vs Mercs
Vale lembrar que o último jogo da série, Blacklist, já havia tentado algumas concessões ao mercado - como sequências de ação mais cinematográficas - o que dividiu a base de fãs. Onde traçar a linha desta vez?
O impacto potencial no mercado
Um novo Splinter Cell bem-sucedido poderia ter efeitos além do esperado. A indústria vem testemunhando um ressurgimento do gênero stealth, com jogos como Hitman 3 e Metal Gear Solid V mantendo relevância anos após o lançamento. Um título de peso como Splinter Cell poderia reacender completamente o interesse pelo nicho.
Além disso, considerando:
A escassez de jogos AAA focados em stealth puro
A nostalgia pelos jogos de espionagem dos anos 2000
A possibilidade de integrar tecnologias atuais como ray tracing para a iluminação
Há também o fator hardware. Com os consoles atuais oferecendo SSD ultrarrápidos, imagine níveis sem loading onde a infiltração é contínua. Ou recursos de áudio 3D que tornam cada passo e respiração de Sam Fisher cruciais para não ser detectado.
As possíveis direções criativas
Vazamentos não confirmados sugerem que a Ubisoft estaria considerando três abordagens distintas:
Um remake fiel do jogo original, mas com gráficos e controles modernizados
Um reboot que reconta as origens de Sam Fisher com novas mecânicas
Uma sequência direta de Blacklist, envelhecendo o personagem principal
Cada opção tem seus méritos e riscos. Enquanto um remake seria o caminho mais seguro, correria o risco de parecer antiquado. Já um reboot poderia alienar fãs antigos se mudar demais a fórmula. E uma sequência teria que lidar com o fato de que Sam Fisher, em teoria, já estaria em seus 60 anos.
Uma possibilidade intrigante seria uma abordagem similar ao que a IO Interactive fez com Hitman - lançar episódios focados em níveis individuais extremamente polidos, em vez de uma campanha única. Isso permitiria à Ubisoft testar as águas antes de comprometer recursos com um projeto completo.
Com informações do: Adrenaline