A Capcom encerrou sua apresentação na Gamescom 2025 com uma revelação que deixou os fãs da franquia Resident Evil em estado de alerta máximo: o primeiro gameplay oficial de Resident Evil Requiem. O vídeo, que mistura tensão psicológica com elementos clássicos de survival horror, apresenta a protagonista Grace Ashcroft ao lado de sua mãe, Alyssa Ashcroft - personagem que não víamos desde Resident Evil Outbreak, lançado há mais de duas décadas.

Cena de Resident Evil Requiem mostrando Grace Ashcroft em ambiente escuro

Uma investigação sombria no Hotel Wrenwood

O gameplay mostra Grace e Alyssa explorando os corredores escuros do que parece ser o Hotel Wrenwood, localizado nos arredores de Raccoon City. A atmosfera é pesada desde o início, com a escuridão quase palpável e o silêncio sendo quebrado apenas pelos passos cautelosos das personagens.

E então acontece: as luzes se apagam subitamente. Quando retornam, testemunhamos um assassinato brutal acontecer diante delas. A cena termina de forma abrupta, mostrando Grace reagindo a algo terrível envolvendo Alyssa, mas sem revelar o destino da veterana jornalista. Essa escolha narrativa me fez questionar - até que ponto o passado de Raccoon City continua assombrando os sobreviventes?

Grace Ashcroft: uma protagonista marcada pelo trauma

Grace não é outra agente comum do FBI. A Capcom a construiu como uma personagem profundamente analítica, cujo distanciamento social parece ser uma armadura emocional desenvolvida após a perda traumática da mãe oito anos antes. Agora, ela retorna ao mesmo hotel onde Alyssa morreu - coincidência? Dificilmente.

O que mais me intriga é como a Capcom está explorando as consequências psicológicas de longo prazo do surto de Raccoon City. A tragédia de 1998 não foi apenas contida com uma bomba nuclear; ela continuou reverberando através das gerações, moldando vidas e destinos décadas depois.

O retorno triunfal de Alyssa Ashcroft

Ver Alyssa Ashcroft novamente foi, sem exagero, uma das surpresas mais emocionantes dos últimos anos para os fãs hardcore da franquia. Sua ausência de vinte anos da série principal sempre foi um mistério, e seu retorno agora como figura central na história de Grace adiciona camadas profundas à narrativa.

Um dos produtores do jogo comentou durante a apresentação: "Queremos que os jogadores sintam o peso da história de Raccoon City não só como cenário, mas como algo que continua afetando as pessoas décadas depois". Essa abordagem me faz acreditar que Resident Evil Requiem pode ser a ponte narrativa que a franquia precisava para conectar seu passado glorioso com um futuro igualmente promissor.

Jogabilidade flexível e survival horror puro

A confirmação de que o jogo oferecerá opções de primeira e terceira pessoa é uma vitória para a comunidade. Desde que Resident Evil 7 adotou a perspectiva em primeira pessoa, os fãs se dividiram entre puristas e modernistas. Agora, cada jogador poderá experienciar o horror da maneira que preferir.

O gameplay demonstrado sugere um retorno às origens com elementos clássicos de survival horror: gerenciamento rigoroso de recursos, exploração meticulosa e quebra-cabeças desafiadores, tudo enquanto criaturas desconhecidas espreitam nas sombras. Mas será que essa fórmula ainda funciona para o público moderno? A Capcom parece acreditar que sim.

Rumores sobre participações especiais de Leon S. Kennedy e Jill Valentine continuam circulando, embora a desenvolvedora mantenha silêncio sobre o assunto. Particularmente, acho que suas aparições fariam sentido narrativo, considerando que Requiem parece ser uma celebração dos 30 anos da franquia.

Resident Evil Requiem chega em 27 de fevereiro de 2026 para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC via Steam. Uma demo jogável está disponível para os sortudos que visitam a Gamescom 2025, enquanto nós, meros mortais, aguardamos ansiosamente por mais informações nas próximas semanas.

Fonte: gamescom

Detalhes técnicos e atmosfera aterrorizante

Analisando mais profundamente o gameplay, algo que me chamou atenção foi a qualidade da iluminação. A Capcom parece ter refinado ainda mais o RE Engine para criar sombras que realmente perturbam - não são apenas áreas escuras, mas sim espaços que parecem respirar malícia. Quando as luzes piscam no corredor do hotel, há um momento de puro pânico onde a escuridão se torna quase física.

E os sons... meu Deus, os sons! O silêncio é quebrado por rangidos distantes, sussurros quase inaudíveis e o que parece ser respiração ofegante vinda de algum canto escuro. A equipe de áudio merece aplausos por criar uma camada sonora que me fez sentir genuinamente desconfortável apenas assistindo.

Mecânicas de jogo que homenageiam o passado

Notei alguns elementos interessantes durante a exploração. Grace parece ter um sistema de inventário semelhante ao dos jogos clássicos - aquela grade limitada que nos força a fazer escolhas difíceis sobre o que carregar. Ver isso me trouxe uma nostalgia imediata, mas também uma preocupação: será que os jogadores mais novos vão ter paciência para esse tipo de gerenciamento?

Outro detalhe curioso: em determinado momento, Grace precisa usar uma chave velha para abrir uma porta, mas a fechadura está enferrujada. Ela então aplica óleo que encontrou em outra sala - pequenos quebra-cabeças ambientais como esse eram marcas registradas dos Resident Evil originais, e sua volta é mais que bem-vinda.

O design das criaturas e a evolução do horror

Embora o trailer não mostre claramente os inimigos, há glimpses de algo... perturbador. Silhuetas humanoides que se movem de forma desarticulada, quase como marionetes quebradas. A Capcom sempre foi mestre em criar monstros que são tragicamente humanos ainda que completamente grotescos, e tudo indica que Requiem continuará essa tradição.

Um insider me contou recentemente que os designers estão se inspirando muito em psicologia e traumas para criar essas novas ameaças. Não serão simples zumbis por radiação, mas sim manifestações físicas de angústia e sofrimento - o que explica perfeitamente o setting do hotel, local que literalmente guarda os fantasmas do passado.

Aliás, falando em hotel, o design do Wrenwood me lembra muito o Spencer Mansion e o RPD em termos de arquitetura elaborada e decadente. Corredores que se entrelaçam, salas secretas, e aquela sensação claustrofóbica de estar preso em um labirinto elegante mas mortal.

Narrativa não-linear e investigação profunda

Pelos menus rapidamente mostrados, percebi que haverá um sistema de arquivos e documentos para coletar - outra volta às origens que adoro. Mas desta vez, parece que os documentos não serão apenas lore solto, mas sim peças cruciais para entender tanto o mistério atual quanto o passado de Alyssa.

Rumor tem it that a narrativa será não-linear, com flashbacks para os eventos que levaram à "morte" de Alyssa oito anos antes. Essa estrutura me faz pensar em Resident Evil Revelations 2, que também alternava entre protagonistas e timelines diferentes. Será que teremos jogabilidade com Alyssa no passado enquanto controlamos Grace no presente?

O multiplayer que ninguém esperava

Aqui vai uma informação quente: fontes próximas à desenvolvimento indicam que Requiem terá um modo multiplayer assimétrico inspirado em Resident Evil Outbreak. Não sei vocês, mas a possibilidade de reviver a experiência cooperativa de Outbreak com tecnologia moderna me deixa extremamente animado.

Imagine: até quatro jogadores explorando o Hotel Wrenwood, cada um com habilidades únicas e precisando cooperar para sobreviver. Um pode ser especialista em lockpicking, outro em medicina, outro em combate... a diversidade de gameplay que isso permitiria é enorme.

Mas será que a Capcom aprenderá com os erros do passado? Outbreak foi à frente de seu tempo e sofreu com limitações técnicas da época. Hoje, com internet estável e consoles poderosos, a fórmula poderia finalmente brilhar como merece.

O legado de Raccoon City e o futuro da franquia

O que mais me fascina em Requiem é como ele parece fechar um círculo. Raccoon City foi destruída em 1998, mas suas consequências nunca cessaram. Personagens como Jill, Leon e Claire carregaram esse trauma por décadas de jogos, e agora vemos a próxima geração sendo assombrada pelo mesmo passado.

Particularmente, acredito que esta abordagem é genial. Permite que a franquia honre seu legado enquanto abre espaço para novas histórias e personagens. Não é um reboot, não é uma reinvenção radical - é uma evolução natural que respeita o que veio antes.

E considerando que 2026 marcará os 30 anos de Resident Evil, não duvido que Requiem seja apenas o início das comemorações. Talvez tenhamos mais surpresas relacionadas a outros personagens clássicos... quem sabe até um remake de Outbreak, já que Alyssa está de volta?

Enquanto isso, continuo analisando cada frame do gameplay disponível, tentando decifrar os mistérios do Hotel Wrenwood e o destino de Alyssa Ashcroft. Uma coisa é certa: fevereiro de 2026 não chegará rápido o suficiente para os fãs da série.

Com informações do: Adrenaline