A Sony introduziu discretamente uma versão atualizada do PlayStation 5 Pro, identificada como modelo CFI-7121, poucas semanas após lançar uma revisão do PS5 Slim. A nova versão do console premium chegou às lojas sem grandes anúncios ou detalhes técnicos divulgados publicamente, deixando muitos consumidores curiosos sobre as reais melhorias implementadas.

Análise detalhada revela melhorias incrementais
O YouTuber Austin Evans adquiriu o novo modelo para realizar testes comparativos com a versão anterior. Sua análise meticulosa revelou que as melhorias, embora presentes, são modestas. "Enquanto o modelo revisado traz algumas melhorias, elas não são substanciais o suficiente para justificar um 'upgrade' de quem já tem o videogame", concluiu Evans em seu vídeo.
Os testes mostraram ganhos de eficiência energética na faixa de 3% a 4%, mantendo-se consistentes mesmo em cenários de uso mais exigentes. O novo console também demonstrou operar com níveis de ruído ligeiramente reduzidos e temperaturas mais baixas durante sessões prolongadas de jogos.
Mudanças físicas e componentes
Uma das alterações mais notáveis está no peso: o PS5 Pro revisado pesa 3016 gramas, representando uma redução de 87 gramas em relação aos 3103 gramas do modelo anterior. Essa diferença resulta de várias modificações nos componentes internos.
As saídas de ar, que antes utilizavam acabamento em metal, agora são fabricadas em plástico. O cooler principal, a fonte de alimentação e até a placa-mãe passaram por otimizações que resultaram em redução de peso, embora mantendo a mesma arquitetura básica.

Os heatsinks mantêm características semelhantes aos antecessores, mas apresentam acabamento em cor diferente. Particularmente interessante é o heatsink traseiro, que se tornou mais leve por razões não totalmente exploradas na análise.
Novo controle DualSense acompanha as mudanças
A revisão do console vem acompanhada de uma nova versão do controle DualSense, identificada como CFI-ZCT2W. A alteração mais significativa neste acessório é a remoção do microfone traseiro que a Sony incluía nas versões anteriores.
Além disso, o novo controle utiliza um conector de energia diferente e componentes provenientes de fabricantes variados - uma estratégia que provavelmente visa reduzir custos de produção e diversificar a cadeia de suprimentos.
Essa abordagem de revisão silenciosa não é nova para a Sony. A empresa tem histórico de implementar melhorias incrementais em seus consoles ao longo do ciclo de vida, ajustando componentes e processos de fabricação para otimizar custos e performance. O que me surpreende é como essas mudanças são introduzidas sem grande alarde, quase como se a empresa preferisse que passassem despercebidas.
Para quem já possui um PS5 Pro, as melhorias parecem insuficientes para justificar uma troca. Mas para novos compradores, essas otimizações podem representar um produto ligeiramente mais refinado - ainda que as diferenças sejam sutis o suficiente para passar despercebidas durante o uso cotidiano.
Olhando mais a fundo para as mudanças internas, é interessante notar como a Sony parece estar refinando continuamente seu processo de fabricação. A substituição das saídas de ar de metal por plástico, por exemplo, me fez questionar inicialmente se isso representaria um comprometimento na durabilidade. Mas após refletir, percebi que essa mudança provavelmente foi meticulosamente testada - e considerando que a função principal é direcionar o fluxo de ar, o material pode não fazer tanta diferença prática quanto imaginamos.
O que realmente chama atenção é como essas revisões silenciosas se tornaram uma espécie de padrão na indústria de consoles. Lembro-me de quando a PlayStation 4 recebeu sua revisão "slim" - as mudanças foram muito mais perceptíveis tanto visualmente quanto em termos de eficiência. Com o PS5 Pro, a abordagem parece diferente: refinamentos tão sutis que quase parecem destinados a não serem notados.
Impacto no mercado e na experiência do usuário
Do ponto de vista do consumidor, essas mudanças levantaram questões interessantes. Muitos se perguntam se vale a pena esperar por essas versões revisadas ou se devem comprar o modelo disponível no momento. Na minha experiência, a diferença é tão mínima que dificilmente justificaria adiar uma compra - a não ser que você seja do tipo que valoriza cada detalhe técnico.
O aspecto do controle DualSense merece uma análise mais aprofundada. A remoção do microfone traseiro é particularmente curiosa. Será que a Sony descobriu que poucos jogadores utilizavam esse recurso? Ou talvez tenha sido uma medida para reduzir custos em um componente que não agregava valor significativo à experiência? É fascinante como essas pequenas decisões de design revelam tanto sobre os padrões de uso reais dos consumidores.
Aliás, você já parou para pensar quantos dos recursos dos seus dispositivos você realmente utiliza? Essa revisão me fez refletir sobre como as empresas frequentemente incluem funcionalidades que parecem boas no papel, mas que na prática acabam subutilizadas.
Perspectivas futuras e padrões da indústria
Essa abordagem de revisões incrementais não é exclusiva da Sony, é claro. A Microsoft também tem histórico de fazer ajustes similares em seus consoles Xbox ao longo do tempo. O que me surpreende é como essas empresas conseguem implementar mudanças significativas na engenharia sem alterar a experiência fundamental do produto.
O fato de a placa-mãe ter sido otimizada sem mudar a arquitetura básica sugere que a Sony está encontrando maneiras mais inteligentes de fabricar os mesmos componentes. Isso pode indicar avanços nos processos de produção ou simplesmente a descoberta de que certos elementos eram superdimensionados nas versões originais.
Considerando o contexto mais amplo, essas revisões silenciosas podem ser um indicador de como a Sony está se preparando para o longo prazo com o PS5 Pro. Ao invés de uma revisão completa, a empresa opta por refinamentos contínuos - uma estratégia que pode estender o ciclo de vida do console enquanto mantém os custos de produção sob controle.
E quanto aos rumores sobre possíveis problemas de overheating que circulavam nas versões anteriores? Embora a análise do Austin Evans não tenha encontrado diferenças dramáticas nas temperaturas, a redução de peso combinada com temperaturas ligeiramente mais baixas pode indicar que a Sony identificou oportunidades de melhoria no sistema de resfriamento. Não é nada revolucionário, mas demonstra uma atenção constante aos detalhes que pode beneficiar os usuários no longo prazo.
O que me deixa curioso é como essas mudanças afetarão o mercado de revenda e colecionadores no futuro. Será que essas versões revisadas se tornarão itens cobiçados por serem mais refinadas, ou os primeiros modelos manterão um certo apelo por representarem o design original? É uma daquelas questões que só o tempo poderá responder completamente.
Com informações do: Adrenaline

