Onimusha: Way of the Sword promete reviver a franquia com estilo

Quase um quarto de século depois do lançamento do primeiro jogo, a franquia Onimusha está prestes a ganhar um novo capítulo que parece valer a espera. Onimusha: Way of the Sword foi apresentado durante o Summer Game Fest e deixou claro que veio para impressionar.

O que mais chama atenção à primeira vista são os visuais meticulosamente trabalhados, que combinam a estética tradicional japonesa com tecnologia de ponta. Os cenários parecem saídos de pinturas antigas, mas com uma riqueza de detalhes que só os gráficos modernos podem oferecer.

Combate que honra as origens da série

O sistema de combate, sempre um ponto forte da série, aparenta ter evoluído para algo ainda mais visceral. Os movimentos são fluidos, mas mantêm o peso característico que os fãs conhecem. Parece haver um equilíbrio interessante entre a velocidade dos duelos e a necessidade de estratégia.

  • Animais de combate mais brutais e impactantes

  • Sistema de parry e contra-ataque apurado

  • Variedade de armas com movimentos distintos

Durante a demonstração hands-off, foi possível notar como os desenvolvedores respeitaram a essência da franquia enquanto introduzem mecânicas contemporâneas. A progressão do personagem parece mais profunda, com elementos de RPG mais pronunciados do que nas entregas anteriores.

Uma nova era para os fãs de ação japonesa

Para quem acompanha a série desde os tempos do PlayStation 2, há uma sensação nostálgica misturada com a empolgação por algo novo. Os elementos mitológicos japoneses continuam presentes, mas com uma abordagem que deve agradar tanto os veteranos quanto os jogadores que estão conhecendo o universo agora.

Embora ainda haja muitas perguntas sem resposta sobre o enredo e os personagens, o pouco que foi mostrado sugere uma narrativa ambiciosa. Os elementos sobrenaturais parecem ter um papel central, mantendo a tradição da série de misturar história real com folclore japonês.

Detalhes técnicos que impressionam

Os desenvolvedores revelaram que estão utilizando uma versão modificada do motor gráfico RE Engine, o mesmo de Resident Evil Village. Isso explica a impressionante qualidade dos efeitos de iluminação e sombras, que dão profundidade aos ambientes. Particularmente notáveis são os reflexos nas superfícies de água e os detalhes das armaduras dos personagens.

O jogo parece rodar a 60fps mesmo durante as cenas mais caóticas, com dezenes de inimigos na tela. E falando em inimigos, os designs demoníacos mantêm a assinatura grotesca da série, mas com um nível de detalhamento anatômico que antes seria impossível. Algumas criaturas parecem ter inspiração em youkai do folclore, enquanto outras são completamente novas.

Exploração e progressão

Diferente dos jogos originais mais lineares, Way of the Sword aparenta oferecer áreas semi-abertas para explorar. Durante a demonstração, foi mostrado um vilarejo assombrado que servia como hub central, com NPCs para interagir e missões secundárias. O sistema de progressão parece combinar:

  • Melhorias de armas através de materiais coletados

  • Habilidades aprendidas com mestres espadachins

  • Poderes sobrenaturais vinculados à história

Um detalhe interessante é o sistema de karma, onde certas escolhas afetam como o personagem evolui. Matar inimigos de maneira especialmente brutal pode desbloquear habilidades diferentes de derrotá-los com técnicas mais refinadas. Isso adiciona uma camada de replayability que faltava nos títulos anteriores.

O som como personagem

A trilha sonora, composta pelo mesmo time responsável por Onimusha: Dawn of Dreams, mistura instrumentos tradicionais japoneses com orquestrações épicas. Mas o verdadeiro destaque são os efeitos sonoros - cada golpe de espada tem um peso palpável, desde o silvo do corte até o impacto final.

Os dubladores japoneses incluem veteranos como Akio Ōtsuka (Solid Snake em Metal Gear) para os personagens principais. A Capcom confirmou que haverá opção de áudio original com legendas em português, um acerto para quem valoriza a autenticidade da experiência.

Perguntas que permanecem

Apesar da demonstração impressionante, vários aspectos do jogo continuam envoltos em mistério. Como será o sistema de multiplayer, mencionado rapidamente mas não mostrado? Quão extensa será a campanha principal? E quais easter eggs os desenvolvedores esconderam para os fãs de longa data?

Uma coisa é certa: a equipe por trás do jogo demonstrou um respeito evidente pelas raízes da franquia. Pequenos detalhes, como a inclusão do tradicional sistema de puzzles baseado em objetos, mostram que isso não é um reboot genérico, mas sim uma evolução cuidadosamente planejada.

Com informações do: IGN Brasil