O futuro incerto de uma franquia icônica
Uma das séries de corrida mais influentes da história dos videogames, Need for Speed pode estar enfrentando um hiato prolongado na Electronic Arts. A revelação veio através de Matthew Everingham, ex-colaborador do site Speedhunters, que era mantido pela EA como um complemento à franquia de jogos.
Em um post no Instagram na sexta-feira (11), Everingham explicou porque o site dedicado à cultura automotiva não recebe atualizações desde abril. Segundo ele, com a franquia sendo "colocada na geladeira", a empresa decidiu cortar o financiamento do projeto.

Os sinais de despriorização
Embora a notícia possa chocar fãs, os indícios dessa mudança já eram visíveis. A EA vinha tratando Need for Speed como projeto secundário em seu portfólio. A Criterion, responsável pelo recente Unbound, está totalmente focada no próximo Battlefield. Enquanto isso, a Codemasters - que colaborou no jogo - passou por cortes e deve se concentrar apenas na série F1.
Curiosamente, Unbound foi bem recebido pela crítica, marcando uma recuperação após os fracassos da era Ghost Games (2015-2019). Mas as vendas modestas parecem ter convencido a EA a dar prioridade a outras franquias.

O cenário preocupante para os jogos de corrida
Se confirmado, esse hiato se soma a outras más notícias para fãs do gênero. Recentemente, a Microsoft demitiu metade da equipe do estúdio Turn 10, com relatos sugerindo o fim da série Forza Motorsport. Parece que as grandes publicadoras estão reavaliando seu compromisso com franquias de corrida tradicionais.
E você, acha que a EA está cometendo um erro ao deixar Need for Speed de lado? Ou seria hora da franquia dar uma pausa para se reinventar?
Impacto no mercado e reação dos fãs
A possível pausa da franquia Need for Speed levanta questões sobre o futuro dos jogos de corrida arcade no mercado AAA. Nos últimos anos, títulos como Forza Horizon e The Crew dominaram esse espaço, enquanto Need for Speed lutava para encontrar sua identidade. A EA, porém, sempre manteve a franquia como um de seus carros-chefe - até agora.
Nas redes sociais, a reação dos fãs foi imediata. Muitos lembraram que a série já passou por reinvenções antes, como a transição bem-sucedida para o mundo aberto em Most Wanted (2005). Outros apontam que, em um mercado saturado de jogos de serviço (live service), talvez seja hora de repensar o modelo.
O legado que fica
Independentemente do futuro, é inegável o impacto cultural de Need for Speed. Desde seu lançamento em 1994, a série:
Popularizou a cultura dos carros tunados no Ocidente
Introduziu gerações ao underground das corridas ilegais
Foi pioneira em mecânicas de perseguição policial
Serviu como vitrine para tecnologias gráficas inovadoras
Curiosamente, alguns dos melhores títulos da franquia surgiram justamente após períodos de reinvenção. Underground (2003) e Most Wanted (2005) são exemplos clássicos disso. Será que a EA está preparando outro renascimento?
Alternativas que a EA poderia considerar
Em vez de simplesmente colocar a franquia em pausa, alguns especialistas sugerem caminhos alternativos:
Parceria com desenvolvedores menores, como fez com a Respawn e Star Wars Jedi
Foco em experiências mais nichadas, como um jogo totalmente dedicado à deriva
Adoção de um modelo de assinatura, similar ao EA Play
Licenciamento da IP para estúdios terceiros
Vale lembrar que a EA já ressuscitou franquias antes - Burnout retornou em 2018 após 8 anos. Mas com o mercado atual tão diferente, será que a estratégia seria a mesma?
Com informações do: Adrenaline