Novo RPG soulslike da Cold Symmetry aposta em agilidade e execuções brutais

O estúdio indie Cold Symmetry, formado por veteranos da indústria de games, está desenvolvendo uma sequência para seu aclamado RPG de ação Mortal Shell, lançado em 2020. Diferente do primeiro jogo, que seguia a fórmula soulslike tradicional, a equipe promete inovações significativas para a continuação.

Segundo as primeiras informações, Mortal Shell 2 abandonará a estrutura linear em favor de um mundo aberto, além de trazer um sistema de combate mais ágil e violento, com execuções inspiradas na franquia God of War. A fantasia sombria que marcou o primeiro título será mantida, mas elevada a um novo patamar.

O que esperar da sequência?

Enquanto muitos RPGs do gênero tentam emular o sucesso de Dark Souls, a Cold Symmetry parece determinada a criar uma identidade própria para sua franquia. Algumas das novidades prometidas incluem:

  • Mundo aberto com exploração não-linear

  • Sistema de combate mais rápido e fluido

  • Execuções brutais no estilo God of War

  • Narrativa imersiva em um universo de fantasia sombria

  • Melhorias significativas na jogabilidade

O estúdio, embora pequeno, conta com desenvolvedores experientes que já trabalharam em grandes franquias. Essa combinação de expertise técnica e liberdade criativa pode resultar em uma experiência única para os fãs do gênero.

Quando chegará o jogo?

A previsão de lançamento é para 2026, o que dá à equipe tempo suficiente para polir todas as novas mecânicas. Enquanto isso, os jogadores podem revisitar o primeiro Mortal Shell ou ficar de olho nas atualizações oficiais.

Como o combate está evoluindo na sequência?

Os desenvolvedores estão enfatizando que o sistema de combate será uma evolução significativa em relação ao primeiro jogo. Enquanto Mortal Shell original já trazia um ritmo mais acelerado que muitos soulslikes, a sequência promete levar essa agilidade a outro nível. Imagine um balé de violência onde cada movimento flui naturalmente para o próximo, com transições suaves entre ataques, esquivas e as tão aguardadas execuções brutais.

Um detalhe interessante é que o sistema de "endurecimento" (hardening) - mecânica icônica do primeiro jogo onde o personagem podia se petrificar momentaneamente para absorver golpes - retornará, mas com novas camadas estratégicas. Algumas execuções especiais só estarão disponíveis após usar essa habilidade no momento certo, adicionando profundidade às escolhas do jogador durante os combates.

A exploração em mundo aberto

A transição para um mundo aberto representa uma mudança ambiciosa para a pequena equipe. Em entrevistas, os desenvolvedores mencionaram inspirações em títulos como The Legend of Zelda: Breath of the Wild na forma como o ambiente contará histórias e incentivará a descoberta orgânica. Mas como isso se encaixa na estética sombria de Mortal Shell?

Em vez dos cenários coloridos de Hyrule, os jogadores encontrarão:

  • Ruínas antigas que escondem segredos da civilização falida do jogo

  • Florestas corrompidas onde a vida vegetal se tornou algo perturbador

  • Cavernas que se modificam conforme a progressão da história

  • Torres góticas que funcionam como marcos visuais no horizonte

O diretor criativo mencionou que a equipe está trabalhando em um sistema de navegação que respeita a imersão - sem waypoints ou marcadores excessivos. Os jogadores precisarão prestar atenção ao ambiente para encontrar caminhos e segredos, mantendo a tradição desafiadora do gênero.

A narrativa e o tom sombrio

A fantasia sombria que caracterizou o primeiro jogo não apenas retorna, mas se aprofunda. A Cold Symmetry contratou novos escritores especializados em worldbuilding para expandir o lore de maneira coerente. O que antes eram fragmentos de história espalhados pelo mundo agora se tornará uma tapeçaria mais rica e interconectada.

Uma mudança interessante é a introdução de personagens secundários mais complexos, cada um com suas próprias motivações e histórias trágicas. Alguns poderão ajudar - ou trair - o protagonista dependendo das escolhas do jogador. Essa abordagem lembra um pouco os melhores momentos narrativos de Dark Souls, mas com mais interatividade.

E sobre o protagonista? Os fãs do primeiro jogo lembrarão do conceito de "invólucros" (shells) - corpos abandonados que podiam ser possuídos para ganhar habilidades diferentes. Esse sistema retornará, mas com mais variedade e personalização. Alguns invólucros terão histórias próprias que serão reveladas conforme o progresso, adicionando camadas à experiência de role-playing.

Com informações do: IGN Brasil