VRAM: entenda os mitos e realidades dessa memória essencial para gráficos
A VRAM (Video Random Access Memory) é um componente crucial para quem busca performance gráfica, seja em jogos ou aplicações profissionais. Mas será que tudo o que se fala sobre ela é verdade? Vamos desvendar alguns equívocos comuns que persistem entre entusiastas de hardware.
1. 8 GB de VRAM não são mais suficientes?
Aqui, o contexto é rei. Para jogos mais antigos ou menos exigentes, 8 GB continuam sendo mais que suficientes. Mas quando falamos de títulos AAA recentes em resoluções altas com ray tracing ativado, essa quantidade pode ficar apertada. Curiosamente, tecnologias como DLSS e FSR ajudam, mas ainda exigem uma base mínima de VRAM para funcionar adequadamente.

2. Largura de banda não compensa VRAM adicional
Muita gente não percebe que simplesmente aumentar a quantidade de VRAM não é garantia de melhor desempenho. A largura de banda - que determina quão rápido os dados podem trafegar - é igualmente importante. Em placas intermediárias, mais memória pode não trazer benefícios se a GPU não conseguir processar todos esses dados rapidamente.
3. Mais VRAM não significa necessariamente mais FPS
É tentador acreditar que uma placa com 16 GB será sempre melhor que uma de 8 GB. Na prática, a potência da GPU em si é o fator mais determinante para o desempenho. Só quando um jogo realmente precisa de mais memória do que está disponível é que a VRAM adicional faz diferença perceptível.

4. Atingir o limite de VRAM nem sempre é catastrófico
Ver a VRAM quase cheia pode assustar, mas não significa necessariamente que o desempenho vai despencar. O problema real ocorre quando o sistema precisa fazer trocas constantes entre a VRAM e a RAM principal. Nesses casos, sim, você pode notar quedas significativas na taxa de quadros.
Escolher a quantidade certa de VRAM envolve considerar seu uso específico. Profissionais de criação de conteúdo podem precisar de mais memória, enquanto jogadores casuais podem se satisfazer com menos. E lembre-se: ao contrário da RAM convencional, você não pode simplesmente adicionar mais VRAM depois - ela vem soldada na placa de vídeo.
5. VRAM GDDR6 vs GDDR6X: diferenças que vão além do nome
Muitos usuários não percebem que existem variações significativas mesmo dentro da mesma geração de memória. O GDDR6X, usado em placas high-end como a RTX 3080, oferece até 50% mais largura de banda que o GDDR6 convencional. Mas será que essa diferença justifica o preço mais alto? Depende do seu caso de uso - para jogos em 4K ou trabalhos com renderização 3D, pode valer a pena.
6. O mito da VRAM compartilhada em GPUs integradas
Processadores com gráficos integrados costumam anunciar "VRAM compartilhada", mas isso é bem diferente da VRAM dedicada. Na prática, eles usam parte da memória RAM do sistema, que tem latência mais alta e largura de banda menor. Isso explica por que mesmo um processador anunciando "até 8GB de VRAM" pode ter desempenho gráfico inferior a uma placa dedicada com menos memória.
7. Overclock de VRAM: vale a pena o risco?
Enquanto o overclock da GPU geralmente traz ganhos lineares, mexer na VRAM é mais complicado. Algumas placas respondem bem, com aumentos de 5-10% no desempenho, mas outras podem se tornar instáveis ou até exibir artefatos visuais. Um detalhe pouco conhecido: aumentar muito a frequência sem ajustar os timings pode resultar em perda de performance, mesmo que o sistema pareça estável.
8. Como jogos modernos estão usando VRAM de forma inesperada
Os desenvolvedores estão encontrando maneiras criativas de usar a memória de vídeo. Alguns títulos agora carregam texturas em diferentes níveis de detalhe simultaneamente, ocupando mais VRAM mas reduzindo pop-ins visuais. Outros usam parte da memória para armazenar dados de inteligência artificial ou física avançada. Isso explica por que jogos recentes parecem "esfomeados" por VRAM mesmo quando não estão exibindo gráficos visivelmente melhores.
9. O futuro da VRAM: o que esperar das próximas gerações
Rumores apontam para a chegada do GDDR7 ainda em 2025, prometendo largura de banda significativamente maior. Mas a verdadeira revolução pode vir de tecnologias como a memória 3D-stacked, que permitiria empilhar chips de VRAM diretamente sobre o processador gráfico. Enquanto isso, soluções híbridas que combinam VRAM dedicada com acesso inteligente à RAM do sistema podem se tornar mais comuns, especialmente em notebooks gamers.
Com informações do: Olhar Digital