Intel prepara terreno para Nova Lake com atualização no Linux
A Intel deu mais um passo em direção ao lançamento de seus futuros processadores Nova Lake, previstos para 2026. Um novo patch para o Kernel Linux revela detalhes interessantes sobre a nomenclatura dessas CPUs, marcando o fim de uma era na classificação dos processadores da empresa.
Enquanto aguardamos os Panther Lake - que chegam ainda este ano com a arquitetura 18A - os códigos do patch mostram que os Nova Lake serão identificados como "Family 18", abandonando a classificação "Family 6" que a Intel utiliza há impressionantes 20 anos em diversas linhas de processadores.

Mudança na nomenclatura marca nova fase
O patch, identificado pelo site Phoronix, mostra que além dos Nova Lake como Family 18, a próxima geração para servidores, Diamond Rapids, será classificada como Family 19. Essa mudança representa uma significativa atualização no esquema de identificação que a Intel mantinha desde os primeiros processadores Core.
O que isso significa na prática? Bem, além de marcar uma nova era tecnológica, essa mudança pode facilitar a identificação das gerações de processadores tanto para desenvolvedores quanto para usuários finais. Afinal, manter a mesma família por duas décadas em um setor que evolui tão rapidamente pode gerar certa confusão.

Duas versões confirmadas para Nova Lake
O patch revela ainda que haverá duas versões dos processadores Nova Lake: uma para desktop (Model 1) e outra para notebooks (Model 3), esta última identificada com a letra "L" de "low power". Essa divisão já era esperada, mas agora temos confirmação direta da Intel através do código.
Uma boa notícia para quem planeja upgrades futuros: rumores indicam que o socket BGA2540 dos Panther Lake-HX manterá compatibilidade com os futuros Nova Lake-HX, facilitando possíveis atualizações.
Enquanto isso, os Panther Lake chegarão primeiro, focados inicialmente em notebooks. A Intel parece estar preparando um roadmap ambicioso para os próximos anos, com a transição para o processo de 18A e agora essa significativa mudança na classificação de suas CPUs.
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O que esperar da arquitetura Nova Lake?
Embora detalhes técnicos completos ainda não tenham sido divulgados, analistas de hardware especulam que os Nova Lake representarão uma mudança mais significativa do que apenas a nomenclatura. Com a transição para o processo de 18A, podemos esperar melhorias substanciais em eficiência energética e desempenho por watt.
Um ponto particularmente interessante é como a Intel planeja competir com a AMD no segmento de cache 3D. Rumores anteriores sugeriam que a empresa finalmente responderia ao 3D V-Cache da concorrente, possivelmente com sua própria versão de empilhamento vertical de memória cache.
Impacto no mercado e cronograma de lançamento
Considerando que os Panther Lake devem chegar ao mercado no final de 2024 ou início de 2025, é provável que os Nova Lake sigam o tradicional ciclo de lançamento bienal da Intel. Isso colocaria sua estreia no segundo semestre de 2026, embora a empresa possa acelerar seus planos para recuperar participação no mercado.
O que me surpreende é como a Intel está conseguindo manter um roadmap tão agressivo enquanto simultaneamente expande suas fábricas na Alemanha e em outros locais. Será que conseguirá cumprir todos esses prazos ambiciosos sem comprometer a qualidade? A indústria estará de olho.
Para desenvolvedores de software e sistemas operacionais, essa mudança na família de processadores exigirá ajustes. O patch no Kernel Linux é apenas o primeiro passo - aplicativos que dependem de detecção específica de hardware precisarão ser atualizados para reconhecer adequadamente os novos chips.
O que isso significa para os consumidores?
Se você está planejando comprar um novo PC nos próximos meses, vale a pena esperar pelos Panther Lake ou pular direto para os Nova Lake? A resposta, como sempre, depende das suas necessidades. Os Panther Lake trarão melhorias imediatas, mas os Nova Lake prometem ser uma mudança mais radical na arquitetura.
Um aspecto frequentemente negligenciado nessas transições é a compatibilidade com coolers e placas-mãe. Felizmente, a Intel parece estar mantendo certa consistência nos sockets, como mencionado anteriormente. Mas e quanto às exigências térmicas? Processadores mais eficientes podem significar que os atuais sistemas de refrigeração serão mais que suficientes - ou será que os ganhos de desempenho virão com novos desafios de dissipação de calor?
Para entusiastas de overclocking, a grande questão é como a nova arquitetura responderá a ajustes manuais. A Intel tem alternado entre abordagens mais e menos abertas ao overclock nas últimas gerações. Será que os Nova Lake trarão de volta algumas das liberdades que os entusiastas tanto apreciam?
Com informações do: Adrenaline