Em uma revelação inusitada que surgiu através de documentos judiciais, descobrimos que a Sony está avançando com planos ambiciosos para o filme live action de Horizon Zero Dawn. A informação emergiu do processo movido pela empresa contra a Tencent por suposta cópia do jogo em Light of Motiram, e mostra que a produção cinematográfica já tem data estimada para 2027.

Os detalhes da produção cinematográfica
Segundo documentos obtidos pelo The Game Post, Asad Qizilbash, chefe da PlayStation Productions, confirmou que o roteiro do filme já está finalizado e a produção agora busca ativamente um diretor. A Sony pretende iniciar as filmagens ainda em 2026, mantendo um cronograma agressivo para garantir a estreia em 2027.
O que me surpreende é como a Sony está tratando essa adaptação. Qizilbash descreveu Aloy como "um ícone chave no aguardado filme", o que sugere que a personagem será central na narrativa cinematográfica. E faz sentido - afinal, Aloy se tornou uma das protagonistas mais icônicas do PlayStation nos últimos anos.
O executivo também destacou que "o filme live action segue as colaborações recentes entre a Columbia Pictures e a PlayStation Productions no filme de Uncharted em 2022 e o filme de Gran Turismo em 2023". Essa continuidade na estratégia me faz pensar que a Sony encontrou uma fórmula que funciona para adaptar seus jogos para o cinema.

O contexto do processo contra a Tencent
A revelação sobre o filme surgiu em um contexto bastante peculiar - o processo da Sony contra a Tencent por causa de Light of Motiram. Para quem não acompanhou o caso, Light of Motiram foi anunciado em novembro de 2024 com uma estética que lembrava fortemente Horizon Zero Dawn.
A semelhança era tão evidente que a Sony moveu processo contra a Tencent em julho deste ano. Curiosamente, jogadores já notaram alterações drásticas na página do jogo na Steam, onde as imagens de promoção foram modificadas para não lembrar mais tão diretamente Horizon Zero Dawn.
Na minha opinião, o timing dessas revelações não é coincidência. A Sony claramente está usando o processo para reforçar o valor da franquia Horizon e sua personagem principal, Aloy. Ao mencionar o filme em andamento, a empresa fortalece seu argumento sobre a importância da propriedade intelectual.
O que esperar do futuro da franquia
Enquanto o processo segue seu curso e o filme se desenvolve nos bastidores, os fãs têm muito para acompanhar. A franquia Horizon continua expandindo, com rumores sobre Horizon 3 possivelmente sendo lançado em 2027 - o mesmo ano previsto para o filme.
E não podemos ignorar as declarações da atriz de Horizon Zero Dawn sobre IA não substituir profissionais, que ganham ainda mais relevância considerando a produção cinematográfica em andamento.
A Tencent, por sua vez, mantém silêncio público sobre o processo, mas documentos mostram que a empresa contra-atacou a Sony no processo. O jogo estaria passando por mudanças internas para se diferenciar mais da propriedade do PlayStation, mas isso aparentemente não é suficiente para a Sony, que mantém a posição de que o jogo se promoveu em cima de Horizon por meses.
O que realmente me intriga nessa situação toda é como a Sony está construindo meticulosamente seu ecossistema de entretenimento. Eles não estão apenas adaptando jogos para o cinema - estão criando uma rede interconectada onde cada projeto fortalece os outros. O filme de Horizon Zero Dawn chegaria quase na mesma época que o terceiro jogo da série, criando uma sinergia que poucas empresas conseguiram replicar com sucesso.
O impacto nas estratégias de negócios
Analisando mais profundamente, percebo que esse processo contra a Tencent vai muito além de uma simples disputa sobre direitos autorais. Está se tornando um caso emblemático que pode definir precedentes importantes para a indústria de games. A Sony está essencialmente traçando uma linha na areia sobre o que considera inspiração aceitável versus cópia descarada.
E não é apenas sobre proteger o passado - é sobre garantir o futuro. Com o filme em produção e um novo jogo principal no horizonte, a Sony precisa proteger a integridade visual e temática de Horizon. Se outros estúdios puderem criar jogos visualmente similares sem consequências, isso dilui o valor da franquia como um todo.
O que me surpreende é a velocidade com que a Tencent reagiu. As mudanças na página da Steam de Light of Motiram foram quase imediatas após o processo ser movido. Isso sugere que a Tencent reconhece a força do caso da Sony, ou pelo menos quer evitar mais danos à sua imagem pública. Mas será que mudanças cosméticas são suficientes quando a Sony alega que a semelhança vai muito além da superfície?
Os desafios da adaptação cinematográfica
Adaptar Horizon Zero Dawn para o cinema não será uma tarefa simples, e isso me faz pensar nos desafios que a produção enfrentará. O mundo pós-apocalíptico habitado por máquinas gigantes é visualmente deslumbrante nos jogos, mas recriá-lo em live action exigirá orçamentos substanciais e tecnologia de ponta.
E quanto à protagonista? Encontrar uma atriz que capture a essência de Aloy - sua determinação, inteligência e vulnerabilidade - será crucial. Nos jogos, Ashly Burch deu vida à personagem de forma tão icônica que qualquer substituta no cinema enfrentará comparações inevitáveis. Será que considerarão a própria Burch para o papel, ou buscarão uma atriz mais conhecida para atrair o público geral?
A narrativa também apresenta desafios únicos. Horizon Zero Dawn tem uma história complexa que se desdobra através de descobertas arqueológicas e revelações sobre o passado da humanidade. Como condensar essa experiência interativa em um filme de duas horas sem perder o que torna a história tão cativante? A escolha do diretor se tornará ainda mais crítica nesse contexto.
O cenário competitivo se aquece
Enquanto isso, o mercado de adaptações de games para cinema e TV nunca esteve tão movimentado. Com sucessos recentes como The Last of Us na HBO e o próprio filme do Uncharted, a pressão por Horizon Zero Dawn ser bem-sucedida é significativa. A Sony não pode simplesmente lançar mais uma adaptação medíocre - precisa superar as expectativas.
E a concorrência está de olho. A Microsoft certamente observará o desempenho do filme enquanto avalia suas próprias propriedades para adaptação. A Amazon já está trabalhando em séries baseadas em Fallout e God of War. Estamos testemunhando uma corrida armada silenciosa entre as gigantes de tecnologia para dominar não apenas o mercado de games, mas o de entretenimento como um todo.
O que me fascina é como essas adaptações estão se tornando cada vez mais sofisticadas. Lembro quando filmes baseados em games eram praticamente sinônimo de fracasso crítico. Agora, temos produções que não apenas agradam aos fãs, mas também conquistam novos públicos. A linha entre jogos e outras formas de mídia está se tornando progressivamente mais tênue.
No caso específico de Horizon, o timing pode ser perfeito ou desastroso. Lançar o filme em 2027, possivelmente junto com o terceiro jogo, poderia criar um fenômeno cultural... ou sobrecarregar o público com muito conteúdo de uma só vez. A Sony precisará calibrar cuidadosamente seu marketing para evitar a fadiga da franquia.
E não podemos ignorar o elefante na sala: o desempenho financeiro. O filme do Uncharted arrecadou mais de 400 milhões de dólares mundialmente, enquanto Gran Turismo teve um desempenho mais modesto. Onde Horizon Zero Dawn se encaixará nesse espectro? O sucesso ou fracasso do filme influenciará decisões futuras sobre quais franquias da PlayStation receberão adaptações.
Com informações do: Adrenaline

