Doom The Dark Ages segue tendência de mídias físicas vazias

Colecionadores de jogos físicos estão enfrentando mais uma decepção com o lançamento de Doom The Dark Ages. O disco físico do jogo para PS5 contém apenas cerca de 400MB de dados, exigindo que os jogadores baixem praticamente o jogo inteiro pela internet.
O que isso significa para os jogadores?
Segundo relatos do site polonês PPE, que teve acesso antecipado às cópias físicas:
O jogo não inicia sem conexão à internet
O disco funciona essencialmente como uma "chave de licença"
O download completo é obrigatório para jogar

Uma tendência preocupante
Esta não é a primeira vez que vemos esse tipo de prática. Recentemente, rumores sobre o Nintendo Switch 2 sugeriram que muitos jogos seriam distribuídos em cartuchos quase vazios. No caso do PS5, a situação parece estar se tornando cada vez mais comum.
Para quem valoriza a posse física dos jogos, essa tendência é particularmente frustrante. Afinal, qual é o propósito de comprar uma mídia física se ela não contém o jogo completo? Alguns argumentam que isso pode ser um passo em direção à eliminação completa das mídias físicas.
Doom The Dark Ages será lançado em 15 de maio de 2025 para PC, PS5 e Xbox Series X/S. Resta saber se os jogadores aceitarão essa abordagem ou se pressionarão as desenvolvedoras por mudanças.
Impacto na preservação de jogos
A prática de lançar mídias físicas quase vazias levanta questões importantes sobre a preservação de jogos no longo prazo. Especialistas apontam que:
Jogos dependentes de servidores online podem se tornar inacessíveis no futuro
Colecionadores terão dificuldade em manter cópias funcionais décadas depois
O valor histórico das mídias físicas como artefatos culturais é comprometido
Um exemplo recente foi o fechamento dos servidores de vários títulos da Ubisoft, tornando alguns conteúdos inacessíveis mesmo para quem possuía cópias físicas.
Reação da comunidade
Nas redes sociais, a notícia sobre Doom The Dark Ages gerou debates acalorados. Alguns pontos de vista comuns incluem:
"É decepcionante, mas esperado" - muitos usuários afirmam que já previam essa direção desde os primeiros relatos sobre jogos do PS5 exigirem downloads substanciais mesmo na versão física.
"Estamos pagando por uma caixa bonita" - colecionadores expressam frustração ao sentir que estão comprando apenas um item decorativo, não um produto funcional.
Por outro lado, alguns defendem a prática argumentando que os jogos modernos são grandes demais para caber em discos Blu-ray convencionais, e que patches pós-lançamento são necessários para corrigir bugs.
Alternativas para colecionadores
Diante dessa realidade, alguns fãs estão buscando soluções alternativas:
Priorizar compras em plataformas como GOG, que oferecem versões DRM-free
Apoiar desenvolvedoras independentes que ainda valorizam lançamentos físicos completos
Investir em edições especiais que pelo menos oferecem itens colecionáveis de qualidade
Curiosamente, a Nintendo tem mantido uma abordagem diferente com seus cartuchos Switch, que geralmente contêm o jogo completo - embora rumores sobre o Switch 2 sugiram que isso pode mudar.
A indústria parece estar em um ponto de inflexão, onde o valor simbólico das mídias físicas está em conflito direto com as realidades técnicas e econômicas do desenvolvimento de jogos modernos. Enquanto isso, os jogadores continuam divididos entre aceitar a conveniência dos downloads ou lutar pela preservação do formato físico.
Com informações do: FlowGames