Death Stranding 2: R$ 50 mais caro do que o esperado
Em meio à volatilidade cambial e reajustes na indústria de games, mais um título aguardado para 2025 teve seu preço aumentado repentinamente. Death Stranding 2: On the Beach, que inicialmente estava cotado a R$ 350 na edição padrão, agora aparece na PlayStation Store brasileira por R$ 399,90.
O aumento pegou muitos fãs de surpresa, especialmente porque a Sony havia comunicado que os reajustes nos preços de seus jogos first-party começariam apenas com Ghost of Yotei, previsto para outubro de 2025. Mas parece que a mudança chegou antes do esperado.
O que explica o aumento?
Em comunicado ao Flow Games, a PlayStation Brasil justificou os reajustes citando "condições adversas da moeda no Brasil". O novo patamar de R$ 399,90 para jogos first-party (tanto em mídia física quanto digital) seria uma resposta às flutuações cambiais que afetam toda a indústria.
Vale destacar que a edição Deluxe de Death Stranding 2 também teve aumento, saltando para R$ 450. Alguns usuários ainda conseguem visualizar o preço antigo de R$ 349,90 devido ao cache do navegador, mas ao atualizar a página ou tentar finalizar a compra, o novo valor aparece.
Impacto nos jogadores
Esse aumento coloca Death Stranding 2 no mesmo patamar de preço que Ghost of Yotei, que será o primeiro jogo da Sony lançado diretamente com o novo valor. A mudança reflete uma tendência global de aumento nos preços dos jogos AAA, mas que no Brasil acaba sendo ainda mais sentida devido à desvalorização do real.
Para quem busca alternativas mais econômicas, vale ficar de olho em plataformas como o Low Games, que compara preços de mídias físicas. A versão física pode acabar saindo mais barata que a digital, dependendo das promoções.
O lançamento de Death Stranding 2 está marcado para 26 de junho de 2025, exclusivamente para PS5. Resta saber se outros jogos da Sony seguirão o mesmo caminho de aumento antecipado ou se essa foi uma medida específica para o título de Hideo Kojima.
Comparação com o mercado internacional
Enquanto no Brasil o preço subiu para R$ 399,90, nos EUA o jogo mantém o padrão de US$ 69,99 estabelecido para títulos AAA da nova geração. Essa diferença chama atenção quando convertemos os valores: ao câmbio atual, R$ 399,90 equivalem a aproximadamente US$ 75, uma diferença de 7% em relação ao preço americano.
Esse gap se torna ainda mais evidente quando comparamos com países como Argentina e Turquia, onde os preços na PSN costumam ser mais baixos mesmo após conversão. Alguns jogadores brasileiros já consideram a possibilidade de criar contas nessas regiões para comprar jogos, embora a prática possa violar os termos de serviço da Sony.
Reação da comunidade
Nas redes sociais, o aumento gerou debates acalorados. Enquanto alguns defendem que o preço ainda é justo considerando a inflação e os custos de desenvolvimento, outros apontam que o salário médio no Brasil torna esses valores proibitivos.
"Estamos pagando quase 1/3 de um salário mínimo em um único jogo", comentou um usuário no Reddit
"Se continuar assim, vou ter que escolher apenas 2 ou 3 jogos por ano para comprar", lamentou outro
"A indústria precisa encontrar um modelo sustentável que não afaste os jogadores", sugeriu um desenvolvedor independente
Curiosamente, alguns fãs mais abastados argumentam que o preço ainda é baixo comparado a outros entretenimentos premium. "Um ingresso para um show grande custa o mesmo e dura 3 horas, enquanto um jogo como Death Stranding 2 oferece dezenas de horas de conteúdo", observou um usuário no Twitter.
Alternativas para economizar
Para quem não quer pagar o preço cheio, existem algumas estratégias que os jogadores estão adotando:
Aguardar algumas semanas após o lançamento, quando lojas físicas costumam fazer promoções
Comprar créditos PSN em sites de terceiros com desconto (embora exija cuidado com golpes)
Participar de grupos de compra coletiva para dividir o custo de contas familiares
Assinar serviços como PlayStation Plus Premium, que pode incluir o jogo algum tempo após o lançamento
Vale lembrar que a versão física tradicional pode se tornar uma opção mais interessante, especialmente se o jogo tiver uma edição física completa (com manual e outros materiais) que justifique o investimento para colecionadores.
O futuro dos preços
Analistas de mercado acreditam que esse aumento pode ser apenas o primeiro de uma série. Com os custos de desenvolvimento de jogos AAA ultrapassando frequentemente os US$ 200 milhões, as publishers estão sob pressão para aumentar a rentabilidade.
Algumas possibilidades sendo discutidas na indústria incluem:
Modelos híbridos com conteúdo básico mais barato e expansões premium
Assinaturas que dão acesso antecipado a jogos por um custo adicional
Versões "light" de jogos AAA com preços reduzidos
Enquanto isso, no Brasil, a situação econômica continua sendo o fator determinante. "Se o dólar continuar subindo, não me surpreenderia ver jogos a R$ 450 ainda em 2025", comentou um varejista que preferiu não se identificar.
Com informações do: FlowGames
