O que esperar da evolução do upscaling da Sony
Rumores recentes sugerem que a Sony está trabalhando em uma nova versão de sua tecnologia de upscaling por IA, o PSSR (PlayStation Spectral Super Resolution). Segundo o canal Moore's Law is Dead, o PSSR 2 promete levar a experiência gráfica da PlayStation 5 Pro a novos patamares, com suporte a 4K a 120 FPS e até 8K a 60 FPS.
Mas o que isso significa na prática para os jogadores? Basicamente, a possibilidade de ter gráficos mais nítidos e fluidos sem exigir tanto do hardware. A versão atual do PSSR já impressiona, mas tem suas limitações - como a necessidade de uma resolução base mínima de 864p para funcionar adequadamente.
Redução de exigências e melhor desempenho
A grande novidade do PSSR 2 seria justamente sua capacidade de trabalhar com resoluções ainda mais baixas enquanto mantém - ou até melhora - a qualidade visual. A Sony estaria usando uma rede neural mais leve, o que reduziria o impacto no desempenho durante o processo de upscaling.
Isso poderia resolver um dos principais problemas da tecnologia atual: a dificuldade em manter 120 FPS estáveis em resoluções como 1080p e 1440p. Se os rumores estiverem corretos, o PSSR 2 funcionaria de forma semelhante ao DLSS Ultra Performance da NVIDIA, permitindo que jogos alcancem taxas de quadros mais altas mesmo partindo de resoluções menores.

PlayStation/Reprodução
Além disso, a Sony estaria desenvolvendo uma variante chamada MFSR, que funcionaria como substituto ao TAA (Temporal Anti-Aliasing) em jogos que não utilizam PSSR. O objetivo? Oferecer melhor nitidez e menos artefatos visuais mesmo em resoluções nativas.
Preparação para o futuro
O desenvolvimento do PSSR 2 não seria apenas sobre melhorar a experiência atual na PS5 Pro. Segundo as informações, a tecnologia também serviria como ponte para o PlayStation 6, indicando que a Sony está investindo pesado em upscaling por IA como parte fundamental de sua estratégia para a próxima geração.
Desenvolvedores já estariam testando variantes do PSSR para aplicações em realidade virtual com o PSVR2, embora ainda não esteja claro como e quando essa implementação poderia acontecer.

Imagem: PlayStation/Reprodução
Enquanto a Sony não confirma oficialmente esses rumores, vale lembrar que a adoção do PSSR original já mostrou o potencial da tecnologia. Jogos como No Man's Sky demonstraram como o upscaling pode transformar a experiência visual sem exigir hardware extremamente poderoso.
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Fonte: Moore's Law is Dead
Como o PSSR 2 pode mudar o jogo para desenvolvedores
Para os estúdios de desenvolvimento, a evolução do PSSR representa mais do que apenas melhorias gráficas - é uma mudança na forma como os jogos são criados. Com a capacidade de renderizar em resoluções mais baixas e depender do upscaling para atingir 4K ou 8K, os desenvolvedores podem otimizar melhor seus recursos, focando em outros aspectos como física, IA ou densidade de cenários.
Um desenvolvedor anônimo que trabalha em um título AAA para PS5 Pro comentou: "O PSSR 2 nos permite pensar diferente sobre alocação de recursos. Em vez de gastar ciclos da GPU tentando alcançar 4K nativo, podemos investir em mais efeitos de iluminação ou detalhes que realmente impactam a experiência do jogador."
O desafio da adoção pelos estúdios
Apesar do potencial, nem todos os estúdios estão igualmente animados com a nova tecnologia. Alguns relatórios sugerem que a implementação do PSSR requer esforço adicional de programação, especialmente para jogos multiplataforma que também rodam em Xbox Series X|S ou PC.
"Cada engine tem suas particularidades," explica um técnico de uma grande publisher. "Implementar PSSR, FSR e DLSS para cobrir todas as plataformas pode se tornar um trabalho complexo, especialmente para equipes menores."
Isso levanta questões sobre como a Sony pretende facilitar a adoção. Rumores indicam que a empresa estaria desenvolvendo ferramentas mais intuitivas e possivelmente até modelos pré-treinados que os desenvolvedores poderiam adaptar para seus jogos específicos.
Comparações com a concorrência
Enquanto a Sony avança com o PSSR, a NVIDIA continua refinando seu DLSS e a AMD trabalha nas versões mais recentes do FSR. A grande diferença? O hardware dedicado da PlayStation 5 Pro, que poderia dar ao PSSR uma vantagem em termos de eficiência.
"O fato de estar otimizado para um conjunto específico de hardware permite que o PSSR alcance resultados impressionantes com menos overhead," analisa um especialista em gráficos. "É a mesma vantagem que os consoles sempre tiveram sobre o PC - saber exatamente para qual hardware você está desenvolvendo."
No entanto, alguns usuários se perguntam se a Sony não estaria criando uma solução muito específica para seu ecossistema, enquanto tecnologias como o FSR 3.1 da AMD funcionam em múltiplas plataformas. Será que o desempenho superior justifica a falta de portabilidade?
O que os jogadores podem esperar na prática
Para o consumidor final, a promessa é clara: jogos que parecem rodar em resoluções mais altas do que o hardware conseguiria normalmente. Mas como isso se traduz na experiência diária?
Imagine jogar um título como Gran Turismo 7 em 8K a 60 FPS, com detalhes tão nítidos que é difícil distinguir da realidade. Ou experimentar Horizon Forbidden West em 4K a 120 FPS, com movimentos ultra suaves durante combates intensos. Esses são os tipos de cenários que o PSSR 2 pretende habilitar.
Mas há ressalvas. Tecnologias de upscaling, por mais avançadas que sejam, ainda podem introduzir artefatos visuais em certas situações - especialmente em movimentos rápidos ou cenas com muitos detalhes finos. A qualidade da implementação varia bastante de jogo para jogo.
Com informações do: Adrenaline