O que esperar das futuras APUs da AMD
A AMD parece estar preparando uma revolução em seus processadores para notebooks. Rumores recentes sugerem que as APUs Medusa Point, baseadas na arquitetura Zen 6, podem oferecer uma contagem impressionante de até 22 núcleos no topo de linha Ryzen 9. Se confirmado, isso representaria um salto significativo no desempenho para dispositivos móveis.

Detalhes técnicos dos rumores
As informações vêm do conhecido vazador HXL, que tem histórico relativamente confiável em vazamentos de hardware. Segundo os detalhes, os modelos intermediários (Ryzen 5 e 7) teriam uma configuração híbrida com:
4 núcleos de performance (Zen 6)
4 núcleos para densidade (Zen 6c)
2 núcleos de baixo consumo (LP)
Isso totalizaria 10 núcleos, acompanhados por uma iGPU com 8 unidades de computação baseadas na arquitetura "RDNA 3.5+".

Já o Ryzen 9 adotaria um design MCM (Multi Chip Module) com um CCD contendo 12 núcleos Zen 6 combinado com outro chip contendo a mesma configuração dos modelos intermediários (4+4+2), totalizando os 22 núcleos mencionados.
Linha do tempo e contexto
É importante manter expectativas realistas - as APUs Medusa Point só devem chegar ao mercado em 2027. Antes disso, a AMD ainda planeja lançar:
O refresh Ryzen AI 300 (Strix Point)
As APUs Gorgon Point em 2026, baseadas em Zen 5
No segmento de gráficos, ainda não há confirmações sobre RDNA 4 em APUs, embora já existam rumores sobre placas dedicadas com essa arquitetura para notebooks. A AMD parece estar focando em refinamentos da arquitetura RDNA 3 para suas soluções integradas no curto prazo.
Impacto potencial no mercado de notebooks
Se os rumores se confirmarem, as APUs Medusa Point podem redefinir completamente o que esperamos de notebooks de alto desempenho. Com até 22 núcleos, essas soluções poderiam rivalizar com muitos desktops atuais, especialmente quando consideramos a eficiência energética aprimorada da arquitetura Zen 6.
Alguns especialistas especulam que a AMD pode estar mirando três segmentos principais com essa abordagem:
Workstations móveis: Para profissionais que precisam de poder de processamento em movimento
Gaming high-end: Combinando muitos núcleos com gráficos integrados potentes
Desenvolvimento AI local: Aproveitando a combinação de CPU e GPU para cargas de trabalho de IA
Desafios técnicos e considerações
Implementar um design MCM em APUs não será trivial. A AMD precisará resolver questões como:
Gerenciamento térmico eficiente em chassis finos de notebooks
Balanceamento de carga entre os diferentes tipos de núcleos
Latência na comunicação entre os chiplets
Consumo energético otimizado para baterias
Vale notar que a configuração híbrida proposta - combinando núcleos de performance, densidade e baixo consumo - sugere que a AMD está aprendendo com as abordagens da Intel (com seus P-cores e E-cores) e da Apple (com seus clusters de desempenho e eficiência).
Comparação com a concorrência
Enquanto a AMD prepara seu roadmap até 2027, a Intel não está parada. Espera-se que a Arrow Lake e Lunar Lake já estejam no mercado quando Medusa Point chegar, com a Intel possivelmente trabalhando em designs ainda mais avançados para competir.
Alguns pontos interessantes de comparação:
A Intel tem focado em eficiência energética com suas arquiteturas futuras
A Apple continua liderando em desempenho por watt com seus chips M-series
NVIDIA e Qualcomm estão investindo pesado em chips ARM para Windows
O que me surpreende é como a AMD parece estar apostando em núcleos tradicionais (Zen 6) em vez de seguir totalmente o caminho ARM como alguns concorrentes. Será que a compatibilidade x86 ainda será tão crucial em 2027?
O papel da iGPU no ecossistema AMD
Além da CPU, a parte gráfica dessas APUs merece atenção. A arquitetura "RDNA 3.5+" promete:
Melhor desempenho em jogos 1080p
Suporte aprimorado para aceleração AI
Eficiência energética superior para tarefas cotidianas
Um detalhe curioso é que a AMD parece estar evitando números de arquitetura muito altos (como RDNA 4 ou 5) para suas iGPUs, optando por versões "pontuais" da RDNA 3. Isso pode indicar uma estratégia de longo prazo para unificar arquiteturas entre gerações.
Com informações do: Adrenaline