A AMD está preparando uma das mudanças mais significativas em sua estratégia de placas de vídeo com a arquitetura UDNA, que promete unificar as linhas RDNA e CDNA em uma única tecnologia. Enquanto aguardamos detalhes técnicos mais concretos, um vazamento curioso revelou que a empresa pode estar adotando uma abordagem inusitada para os codinomes de suas próximas GPUs: nomes de personagens da franquia Transformers.

Post de Kepler sobre os codinomes de RDNA 5

Os possíveis codinomes revelados

De acordo com o conhecido insider Kepler, que frequentemente compartilha informações precisas sobre o universo de hardware, a AMD estaria considerando três codinomes principais para suas GPUs baseadas em RDNA 5: Alpha Trion, Magnus e Orion. O que torna essa revelação particularmente interessante é que todos esses nomes são diretamente inspirados no universo dos Transformers.

Alpha Trion é uma figura anciã e sábia nas histórias em quadrinhos e animações dos Transformers, enquanto Magnus remete ao personagem Ultra Magnus, conhecido por sua força e liderança. Orion, por sua vez, refere-se a Orion Pax – o nome original de Optimus Prime antes de sua transformação no lendário líder dos Autobots.

Opções mais acessíveis baseadas em RDNA 5, segundo vazamento

O contexto técnico por trás dos nomes

Essa não é a primeira vez que ouvimos falar sobre a arquitetura UDNA da AMD. A empresa já havia anunciado anteriormente seus planos de unificar as arquiteturas RDNA (focada em gaming) e CDNA (orientada para computação) em uma plataforma única. A ideia é criar GPUs mais versáteis que possam oferecer alto desempenho tanto em jogos quanto em aplicações profissionais e de IA.

Curiosamente, a escolha de nomes de Transformers parece seguir uma lógica hierárquica. Se analisarmos o "lore" da franquia, Alpha Trion seria naturalmente associado à posição mais alta, seguido por Magnus e depois Orion Pax em sua forma inicial. Isso sugere que os codinomes podem corresponder a diferentes segmentos de produtos: high-end, intermediário e entrada.

Mas aqui está algo que me faz pensar: considerando que vazamentos anteriores mencionavam quatro esquemas técnicos diferentes (AT0, AT2, AT3 e AT4), é possível que ainda exista um quarto codinome não revelado. Que personagem dos Transformers poderia completar essa linha?

O que esperar das GPUs UDNA/RDNA 5

Embora os codinomes sejam certamente divertidos, o que realmente importa são as especificações técnicas e o desempenho que essas GPUs trarão. Vazamentos técnicos anteriores sugerem que a arquitetura UDNA representará um salto significativo em eficiência energética e desempenho por watt.

Há rumores de que a próxima geração de consoles – incluindo possivelmente o PS6 e o próximo Xbox – utilizarão variações dessa arquitetura, o que só aumenta as expectativas. A promessa de melhorias substanciais em ray tracing e capacidades de IA também está na mesa, o que colocaria a AMD em posição mais competitiva frente às soluções da NVIDIA.

É frustrante, no entanto, que a AMD tenha sido tão reservada com informações sobre essas GPUs. Se o padrão das gerações anteriores se repetir, pode ser que só tenhamos detalhes concretos durante a CES 2026, ou até mesmo em um evento dedicado especificamente ao lançamento.

Enquanto isso, resta-nos especular e acompanhar os vazamentos. A escolha de codinomes temáticos certamente adiciona uma camada extra de interesse à espera pelas próximas GPUs da AMD. Quem sabe não veremos uma linha completa inspirada nos Transformers?

Via: VideoCardz

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O significado estratégico por trás dos codinomes

A escolha de nomes de Transformers não parece ser aleatória ou apenas um capricho dos engenheiros da AMD. Se analisarmos mais profundamente, existe uma simbologia interessante nessa seleção. Alpha Trion, na mitologia dos Transformers, é um dos personagens mais antigos e sábios, muitas vezes retratado como um guardião do conhecimento e da história – o que poderia representar a GPU flagship, carregando todo o conhecimento acumulado das arquiteturas anteriores.

Ultra Magnus, por outro lado, é conhecido por sua força bruta e confiabilidade em combate, características que se alinham perfeitamente com uma GPU de alto desempenho voltada para o segmento entusiasta. Já Orion Pax, antes de se tornar Optimus Prime, era um personagem mais jovem e em desenvolvimento – talvez representando as soluções de entrada ou mid-range que formarão a base dessa nova geração.

Possíveis configurações de chips UDNA da AMD

O timing de lançamento e o cenário competitivo

O que me surpreende é o timing potencial desses lançamentos. Considerando que a RDNA 4 ainda está fresca no mercado, a RDNA 5 representaria uma aceleração significativa no roadmap da AMD. Será que a empresa está sentindo a pressão da NVIDIA com suas arquiteturas Blackwell e beyond?

Fontes próximas à indústria sugerem que a AMD pode estar mirando um lançamento para final de 2026 ou início de 2027, o que colocaria a RDNA 5 em competição direta com a próxima geração da NVIDIA, possivelmente a arquitetura após Blackwell. Esse timing é crucial porque coincidiria com a expectativa de adoção massiva de tecnologias como ray tracing pathtracing e upscaling neural mais avançado.

Algo que poucas pessoas consideram: a unificação das arquiteturas RDNA e CDNA sob a UDNA pode significar que pela primeira vez teremos GPUs consumer que também são competitivas em workloads profissionais. Imagine poder comprar uma placa para jogos que também oferece desempenho excelente em renderização, machine learning ou computação científica – isso mudaria completamente o jogo para criadores de conteúdo e entusiastas que trabalham com múltiplas cargas de trabalho.

Os desafios técnicos da unificação

Unificar duas arquiteturas radicalmente diferentes como RDNA e CDNA não é tarefa simples. Enquanto a RDNA é otimizada para baixa latência e alto throughput em cargas de trabalho gráficas, a CDNA foi projetada para computação de alta performance com foco em precisão e largura de banda de memória.

Engenheiros com quem conversei informalmente em eventos do setor mencionam que o maior desafio está na gestão de recursos compartilhados. Como alocar eficientemente transistors para recursos de gaming versus recursos de computação? Será que veremos configurações dinâmicas que priorizam diferentes unidades dependendo da carga de trabalho?

Outro ponto interessante: a arquitetura UDNA pode finalmente resolver o dilema das GPUs da AMD em relação ao ray tracing. Com a promessa de "melhorias substanciais" nessa área, especula-se que a empresa possa estar desenvolvendo aceleradores dedicados de ray tracing mais parecidos com os RT Cores da NVIDIA, mas integrados de forma mais harmoniosa com o resto da arquitetura.

E quanto à compatibilidade com software existente? Essa é uma preocupação legítima. A transição para uma arquitetura unificada poderia exigir ajustes significativos nos drivers e até mesmo em alguns aplicativos. A AMD terá que garantir que a compatibilidade retroativa seja mantida, especialmente considerando o vasto ecossistema de jogos e aplicativos profissionais.

As implicações para o mercado de consoles

Os rumores sobre a adoção da UDNA pela próxima geração de consoles são particularmente fascinantes. Tradicionalmente, as GPUs de consoles são versões customizadas das arquiteturas desktop, mas otimizadas para eficiência energética e thermal design power específicos.

Se a Sony e Microsoft realmente adotarem variações da UDNA para PS6 e próximo Xbox, isso poderia significar que pela primeira vez os consoles teriam capacidades de computação profissional integradas. Imagine um PlayStation que não apenas joga games incríveis, mas também pode ser usado para renderização 3D profissional ou treinamento de modelos de IA – isso abriria mercados completamente novos para as plataformas de console.

No entanto, existe um trade-off aqui: recursos de computação profissional ocupam espaço no die que poderia ser usado para mais unidades de shader ou outros aceleradores gráficos. A AMD e seus parceiros de console terão que tomar decisões difíceis sobre como balancear essas capacidades versus custo de produção e preço final ao consumidor.

Além disso, o timing de desenvolvimento dos consoles é bastante rígido. Se a UDNA realmente for a arquitetura escolhida, isso significa que as equipes de desenvolvimento da Sony e Microsoft já devem estar trabalhando com kits de desenvolvimento baseados em versões preliminares do hardware – o que é bastante plausível considerando que o ciclo de desenvolvimento de consoles geralmente começa 3-4 anos antes do lançamento.

Com informações do: Adrenaline