A Capcom parece estar preparando uma investida massiva de jogos Resident Evil para o sucessor do Nintendo Switch. Segundo informações de um conhecido insider da indústria, a empresa está trabalhando para trazer toda a biblioteca moderna da franquia – desenvolvida na RE Engine – para a nova plataforma híbrida da Nintendo. Essa movimentação reforça o compromisso da Capcom com a Nintendo após o apoio significativo dado ao Switch original.
O que significa para os fãs da franquia
Se confirmado, os jogadores poderão esperar versões nativas de Resident Evil 7 biohazard, Resident Evil Village e dos aclamados remakes de Resident Evil 2, 3 e 4. O mais interessante é que até mesmo Resident Evil: Requiem, o próximo jogo da série com lançamento previsto para 2026, estaria planejado para chegar ao Switch 2. Embora ainda não haja previsões específicas de datas, a escala desse projeto é impressionante.
(1/2) Yee, they've been working on porting all the RE Engine Resident Evil games to Nintendo Switch 2 for a hot minute now. Requiem should be landing on Nintendo Switch 2 as well. There's grapevine rumor that there's a Nintendo Direct this week & RE7 is going to be there at least https://t.co/fQw5WBjDXz
— AestheticGamer aka Dusk Golem (@AestheticGamer1)
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Dusk Golem, o insider por trás dessa informação, sugere que o primeiro anúncio pode acontecer durante o Nintendo Direct marcado para 12 de setembro. Com aproximadamente 60 minutos de duração, o evento promete revelar vários jogos que chegarão ao Switch 2 nos próximos meses. Vale lembrar, no entanto, que Dusk Golem tem um histórico de acertos e erros – então convém manter uma dose saudável de ceticismo.
Por que essa estratégia faz sentido para a Capcom
Analisando friamente, a jogada é bastante inteligente. O Switch original já abriga uma seleção respeitável de títulos Resident Evil, incluindo o remake do primeiro jogo, os dois Revelations e outras entradas importantes. A franquia claramente encontra um público receptivo no ecossistema Nintendo.

Do ponto de vista técnico, a RE Engine já demonstrou sua adaptabilidade ao Switch 2 através de Street Fighter 6, que apresentou desempenho comparável ao Xbox Series S graças ao uso eficiente do DLSS. Isso sugere que a arquitetura da engine está bem otimizada para as capacidades do novo hardware.
O que me surpreende é que Resident Evil 7 parece ser o primeiro da lista – algo que foi reforçado por outro vazamento na rede social xCancel. O usuário Attack of the Backlog fez uma referência bastante específica à cena de abertura do jogo, sugerindo conhecimento interno sobre os planos da Capcom.

Vale notar que tecnicamente, RE7 e Village já estão disponíveis nos consoles Nintendo atuais através de versões em nuvem – opção que não está acessível no Brasil. Essas versões dependem de conexão constante com a internet, mas preservam a qualidade visual dos outros consoles. As versões nativas, é claro, eliminariam essa dependência e trariam a experiência completa para o hardware portátil.
Fonte: VGC
O impacto técnico e comercial da migração para o Switch 2
Quando penso na complexidade técnica desse projeto, fico impressionado com a capacidade de adaptação da RE Engine. Lembro que quando Resident Evil 7 foi lançado, muitos duvidavam que ele pudesse rodar em qualquer hardware portátil. Agora, estamos falando de trazer não apenas esse jogo, mas toda uma geração de títulos AAA para um dispositivo híbrido. A evolução tecnológica dos últimos anos é realmente notável.
A estratégia da Capcom me parece especialmente inteligente quando consideramos o ciclo de vida dos jogos. Muitos desses títulos já venderam milhões de cópias em outras plataformas, então o desenvolvimento para Switch 2 representa uma oportunidade de vendas adicionais com investimento relativamente baixo. É basicamente atingir um novo público que talvez não tenha tido acesso a esses jogos antes.
O que mais me intriga é como a Capcom vai lidar com as particularidades do hardware. O Switch 2 provavelmente terá modos portátil e docked, então os jogos precisarão se adaptar dinamicamente a diferentes configurações de performance. Será que veremos reduções na qualidade visual no modo portátil? Ou a combinação de hardware moderno com DLSS permitirá uma experiência consistente?
O cenário competitivo e as implicações para o mercado
Essa movimentação da Capcom não acontece no vácuo. Outras publishers certamente estão observando atentamente. Se o sucesso comercial for significativo, podemos esperar uma onda similar de ports de jogos AAA para o Switch 2. Isso poderia realmente solidificar a posição do console como uma plataforma viável para experiências de grande orçamento.
Algo que pouca gente comenta: como isso afeta a estratégia de cloud gaming da Nintendo? Afinal, RE7 e Village já estão disponíveis via nuvem no Switch atual. Se as versões nativas forem superiores – o que é bem provável – qual será o futuro desse serviço? Talvez a Nintendo esteja planejando focar a nuvem em jogos que seriam tecnicamente inviáveis mesmo para o Switch 2.
Me pergunto também sobre o timing de lançamento. Será que a Capcom planeja um lançamento escalonado ou uma grande investida simultânea? Cada abordagem tem suas vantagens. Um lançamento gradual permitiria otimizar cada port individualmente, enquanto uma liberação massiva criaria um impacto maior no mercado.
As particularidades do mercado brasileiro e latino-americano
Aqui no Brasil, essa notícia tem um sabor especial. Como mencionado anteriormente, as versões em nuvem nunca estiveram disponíveis por aqui devido às limitações de infraestrutura. Para muitos jogadores brasileiros, essa pode ser a primeira oportunidade de experimentar títulos como RE7 e Village em um console Nintendo.
Isso me faz pensar no preço que a Capcom vai praticar. Será que veremos preços premium por serem ports recentes, ou a empresa adotará uma estratégia mais agressiva para conquistar o mercado? Considerando que muitos jogadores já compraram esses títulos em outras plataformas, preços muito altos podem desestimular compras repetidas.
Outro aspecto interessante: o suporte a idiomas. A série Resident Evil sempre teve um bom suporte ao português nos últimos anos, mas será que isso se manterá nas versões do Switch 2? E quanto ao suporte físico? Muitos colecionadores preferem mídia física, especialmente para jogos de grande porte.
Fonte: Eurogamer
Com informações do: Adrenaline