Diretor confirma abordagem inédita para a franquia

Zach Cregger, o cineasta por trás de sucessos como Noites Brutais e A Hora do Mal, revelou detalhes surpreendentes sobre seu próximo projeto: um filme de Resident Evil que promete quebrar expectativas. Em vez de adaptar diretamente os jogos, a produção trará uma narrativa completamente nova dentro do mesmo universo.

Na entrevista exclusiva ao Inverse, Cregger deixou claro que fãs não verão Leon S. Kennedy ou outros protagonistas icônicos da série. "Não vou contar a história do Leon, porque ela já existe nos jogos", explicou. "Estou criando uma carta de amor à franquia, mas com personagens e eventos inéditos."

Cena do universo Resident Evil

Rompendo com as expectativas

Essa decisão contrasta fortemente com o sucesso de adaptações fiéis como The Last of Us da HBO. Cregger parece estar seguindo o caminho oposto ao da recente Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City (2021), que tentou ser mais fiel aos jogos mas dividiu opiniões.

Rumores sugerem que o filme apresentará um protagonista completamente novo, numa abordagem que lembra os primeiros filmes com Milla Jovovich. A estratégia parece visar tanto atrair novos espectadores quanto oferecer algo fresco para os fãs veteranos.

O desafio das adaptações de games

A franquia Resident Evil tem um histórico complexo no cinema:

  • Série de filmes dos anos 2000 com Milla Jovovich

  • Reboot de 2021 tentando ser mais fiel aos jogos

  • Séries de TV com recepção variada

Cregger parece consciente desse legado misto. Seu filme, ainda sem título ou data confirmada, promete equilibrar originalidade com respeito ao material fonte. Mas será que os fãs vão aceitar essa nova direção?

Uma aposta arriscada ou necessária?

A decisão de afastar-se dos personagens clássicos pode ser vista como um movimento corajoso - ou temerário, dependendo de quem você pergunta. Em conversas com fãs em fóruns especializados, as reações são divididas: enquanto alguns elogiam a ousadia, outros questionam por que não adaptar histórias ainda não exploradas dos jogos, como Resident Evil: Code Veronica ou Resident Evil 4.

Cregger parece estar ciente dessa divisão. "Entendo completamente o apego aos personagens," admitiu em outra entrevista. "Mas a beleza desse universo é que ele permite múltiplas histórias. Quero explorar como pessoas comuns lidariam com um surto de T-Vírus, sem treinamento especial ou conexões com a Umbrella."

Lições aprendidas com adaptações anteriores

O diretor estudou profundamente tanto os acertos quanto os erros das adaptações passadas. Fontes próximas à produção revelam que ele mantém um "mural de referências" em seu escritório, com:

  • Cenas marcantes dos jogos que capturam a atmosfera única da franquia

  • Críticas negativas aos filmes anteriores destacando onde falharam

  • Elementos de terror psicológico de filmes como O Enigma de Outro Mundo e Extermínio

Essa abordagem meticulosa sugere que, embora o filme seja original, não ignorará o que fez Resident Evil se destacar entre os survival horror. A questão que permanece é: como equilibrar inovação com os elementos essenciais que os fãs amam?

O futuro da franquia no cinema

Enquanto isso, a Capcom continua produzindo novos jogos da série, com rumores de um Resident Evil 9 em desenvolvimento. Alguns especulam que o filme de Cregger pode servir como um teste para expandir o universo cinematográfico além das histórias já conhecidas - talvez até criando personagens que possam migrar para os games no futuro.

Produtores envolvidos no projeto mencionaram brevemente a possibilidade de uma trilogia, caso o primeiro filme seja bem-sucedido. Mas com o orçamento ainda não divulgado e o ceticismo de parte da base de fãs, essa ambição pode depender inteiramente de como o público receberá essa nova abordagem.

Com informações do: Adrenaline