A Nintendo está preparando uma presença marcante para a CCXP 25, o maior evento de cultura pop da América Latina, que acontece em São Paulo de 4 a 7 de dezembro. A empresa confirmou que levará alguns de seus lançamentos mais aguardados para o público brasileiro, incluindo o tão esperado Metroid Prime 4 Beyond e o retorno nostálgico de Kirby Air Riders. Mas será que isso é um sinal do que está por vir com o Nintendo Switch 2?

O que esperar do estande da Nintendo
Além dos dois grandes destaques, a programação do estande promete uma experiência completa para os fãs. A Nintendo planeja oferecer sessões de demonstração jogáveis, permitindo que o público experimente em primeira mão os novos títulos. E não para por aí – também estão previstos encontros com desenvolvedores (meet & greet) e a presença de outros jogos ainda não especificados no comunicado inicial.
Para quem acompanha a cena de games, a escolha dos títulos é bastante significativa. Metroid Prime 4 é um projeto que viveu um desenvolvimento turbulento – foi anunciado em 2017, teve seu desenvolvimento reiniciado em 2019 com a Retro Studios assumindo as rédeas, e só agora, em 2024, ganhou um subtítulo e uma janela de lançamento mais concreta. Levá-lo para a CCXP sugere que a Nintendo está confiante no estado atual do jogo e quer construir hype diretamente com o público brasileiro, um mercado que tem crescido consistentemente para a empresa.
Kirby Air Riders e a estratégia de apelo nostálgico
Já Kirby Air Riders é uma jogada diferente. O título, que originalmente surgiu no GameCube, é um spin-off focado em corridas aéreas com os personagens do universo Kirby. Seu relançamento ou remake (os detalhes ainda não foram totalmente esclarecidos) apela diretamente ao sentimento nostálgico de uma geração que jogou no console da Nintendo dos anos 2000.
Na minha opinião, essa é uma estratégia inteligente. Enquanto Metroid atrai o público hardcore e os fãs de ação-aventura em primeira pessoa, Kirby tem um apelo mais familiar e descontraído. Juntos, eles cobrem um espectro amplo de jogadores. A CCXP, com seu público diversificado de famílias, colecionadores e entusiastas, é o palco perfeito para essa dupla.
E não podemos ignorar o elefante na sala: o Nintendo Switch 2. A menção ao console de próxima geração no comunicado, mesmo que breve, é suficiente para alimentar especulações. Será que teremos uma surpresa? Talvez uma demonstração técnica por trás dos panos, ou pelo menos mais informações sobre o lançamento brasileiro? A presença física na maior feira do país certamente aumenta essas expectativas.
O significado da CCXP para o mercado brasileiro
A participação robusta da Nintendo na CCXP 25 não é um acidente. O Brasil se consolidou como um dos mercados mais importantes para a empresa fora do eixo tradicional Japão-EUA-Europa. Eventos como esse são vitrines inestimáveis. É onde a empresa consegue medir o pulso do fã brasileiro, gerar buzz orgânico nas redes sociais e, claro, vender.
Lembro de visitar estandes em edições passadas e ver a fila interminável para experimentar um jogo da Nintendo. A energia é contagiante. Para muitos fãs, é a única chance de tocar em um título antes do lançamento. Essa experiência ao vivo, a chance de segurar o controle e sentir o jogo, tem um poder de marketing que nenhum trailer no YouTube consegue replicar.
O que você acha? A presença de títulos como Metroid Prime 4 Beyond na CCXP faz você ter mais esperança de um lançamento simultâneo global, sem atrasos para nossa região? E quanto ao Switch 2 – devemos manter as expectativas em check ou acreditar em uma grande revelação?
Enquanto isso, os preparativos continuam. A programação completa com horários das demonstrações e dos meet & greet deve ser divulgada pela Nintendo Brasil mais perto da data do evento. Fiquem de olho nas redes sociais oficiais. A CCXP 25 acontece no São Paulo Expo, na capital paulista.
Mas vamos além dos dois jogos principais. A Nintendo tem um histórico interessante com a CCXP. Em 2023, o foco foi em The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom e Super Mario Bros. Wonder. O salto para títulos como Metroid, que tem uma base de fãs mais nichada, mas extremamente vocal, indica uma tentativa de aprofundar o engajamento com diferentes segmentos do público gamer. É como se dissessem: "Olha, sabemos que vocês, fãs de Metroid, existem e são importantes aqui também".
E isso me leva a um ponto crucial: a localização. Um dos maiores desejos da comunidade brasileira é por jogos totalmente dublados ou legendados em português. A presença física desses títulos em um evento nacional é o momento perfeito para a Nintendo coletar feedback sobre isso. Será que os desenvolvedores presentes nos meet & greet estarão abertos a perguntas sobre suporte linguístico? Apenas o fato de trazerem jogos em fase de finalização para serem testados por brasileiros já é um passo na direção certa.
Além do estande: a experiência do fã
O que realmente transforma a CCXP em algo especial não é só o que está *dentro* do estande, mas o que acontece ao redor dele. A cultura de cosplay, por exemplo. É quase certo que veremos Samus Aran e Kirby perambulando pelos corredores do São Paulo Expo. Essa interação orgânica entre a marca e os fãs, onde os próprios participantes se tornam parte da atração, é um marketing de valor inestimável que a Nintendo sabe muito bem aproveitar.
Além disso, pense na cobertura da mídia especializada e dos criadores de conteúdo. Centenas de vídeos, fotos e impressões hands-on serão gerados durante os quatro dias de evento. Esse conteúdo, criado por vozes locais que o público brasileiro conhece e confia, tem um poder de persuasão muito maior do que um comunicado de imprensa tradicional. A Nintendo, ao fornecer o acesso, está basicamente alimentando a máquina de hype com o combustível mais eficiente possível: a experiência real.
E falando em experiência, vamos ser práticos. Quem já foi na CCXP sabe que as filas para os estandes principais podem ser... épicas. Minha dica? Fiquem de olho no aplicativo oficial do evento e nos horários de abertura dos portões. Muitas vezes, chegar cedo ou planejar a visita para um horário menos movimentado (como no início da tarde de uma quinta-feira) pode fazer toda a diferença entre jogar 20 minutos de Metroid Prime 4 ou apenas vê-lo de longe.
O contexto do calendário de lançamentos
Outro aspecto fascinante é o *timing*. A CCXP 25 acontece em dezembro. Tradicionalmente, o final do ano é uma época de vendas, mas não necessariamente de grandes anúncios – esses costumam ser guardados para eventos do primeiro semestre, como um possível Nintendo Direct de início de ano. No entanto, trazer jogos com lançamento previsto para 2025 (como é o caso do Metroid) em dezembro de 2024 é um movimento ousado. Sinaliza que o ciclo de marketing está começando mais cedo, talvez para manter o momentum do Switch atual enquanto se prepara o terreno para sua sucessora.
E não podemos esquecer da concorrência. A CCXP é um palco plural. Enquanto os fãs fazem fila na Nintendo, eles estarão vendo, ouvindo e sentindo a presença da Sony, Microsoft, e de diversas outras publishers. É um ambiente de comparação imediata. A pressão para entregar uma demo estável, visualmente impressionante e com uma jogabilidade que "gruda" é enorme. Uma primeira impressão negativa em um evento desse porte pode ecoar nas redes sociais por semanas.
Por outro lado, uma impressão positiva pode criar uma onda de otimismo que se sustenta até o lançamento. Lembro-me do buzz gerado quando The Legend of Zelda: Breath of the Wild foi jogável em eventos antes do lançamento do Switch. As pessoas saíam do estante convertidas em evangelistas do jogo. A Nintendo certamente espera replicar essa magia com a dupla dinâmica de 2025.
No fim das contas, a programação da Nintendo para a CCXP 25 é mais do que uma simples lista de jogos que estarão disponíveis. É uma declaração de prioridades. É um mapa que mostra onde a empresa acredita que estão suas maiores oportunidades no mercado brasileiro: na fusão entre o hardcore tecnológico de Metroid e o acessível e nostálgico de Kirby. E, é claro, é um convite irrecusável para nós, fãs, fazermos parte desse processo bem antes do jogo chegar às prateleiras. Resta saber se outros títulos-surpresa, talvez um Donkey Kong ou um novo IP, estarão escondidos sob o pano, prontos para fazer a festa do público paulista em dezembro.
Com informações do: IGN Brasil











