Queda expressiva na base de jogadores
Monster Hunter Wilds, o mais recente lançamento da franquia da Capcom, enfrentou uma redução drástica de quase 95% nos jogadores ativos na Steam. O jogo, que em fevereiro deste ano alcançou impressionantes 1,3 milhão de jogadores simultâneos na plataforma, registrou apenas 20 mil usuários ativos na última semana de junho. Mas será que isso significa o fim da linha para o título?
Curiosamente, no dia 30 de junho, a Capcom lançou sua segunda grande atualização gratuita, trazendo melhorias de desempenho, novos monstros e conteúdo temático. O resultado? Um salto imediato para 133 mil jogadores simultâneos no mesmo dia.
Novo fôlego com conteúdo adicional
A Capcom parece estar ouvindo sua comunidade. A atualização trouxe de volta monstros clássicos como Lagiacrus e Seregios, além de introduzir combate subaquático e opções de personalização de armas. Para quem acompanha a franquia há anos, essas adições são como encontrar velhos amigos em uma nova aventura.
E tem mais por vir: a empresa anunciou o Festival of Accord: Flamefete, um evento sazonal que ocorrerá entre 23 de julho e 6 de agosto. Será que essas iniciativas podem manter os jogadores engajados por mais tempo?
Contexto mais amplo do mercado
Olhando para outros títulos, percebemos que essa flutuação não é exclusividade do Monster Hunter. Marvel Rivals caiu de 644 mil para 93 mil jogadores, enquanto Fragpunk teve queda ainda mais acentuada. Até Elden Ring: Nightreign, com todo seu sucesso, segue padrão similar.
Vale lembrar que esses números se referem apenas ao desempenho na Steam. Considerando que o jogo vendeu mais de 10 milhões de unidades em suas primeiras semanas, tornando-se o lançamento mais rápido da história da Capcom, talvez estejamos diante de um fenômeno natural do mercado de games.
O impacto das atualizações na retenção de jogadores
Analisando os dados mais recentes, é possível identificar um padrão interessante: cada atualização significativa do Monster Hunter Wilds gera um pico de jogadores que, embora não atinja os números iniciais, demonstra que a base de fãs permanece engajada. A primeira grande atualização, lançada em maio, trouxe o retorno do icônico Tigrex e novos equipamentos, resultando em um aumento de 87% nos jogadores ativos na semana seguinte.
Especialistas em análise de dados de jogos apontam que esse comportamento é típico de títulos "games as a service". "O que vemos aqui é um ciclo saudável de conteúdo", explica Ricardo Monteiro, analista da Newzoo. "Jogadores retornam para experimentar as novidades, alguns permanecem por semanas, outros saem até a próxima atualização - e isso é completamente normal para o gênero."
Comparação com títulos anteriores da franquia
Quando colocamos Wilds lado a lado com Monster Hunter: World, os números ganham perspectiva diferente. O predecessor, em seu sexto mês, tinha cerca de 15% de sua base inicial - proporção similar à atual de Wilds. A diferença crucial? World não tinha um roadmap de conteúdo tão agressivo inicialmente.
Vale destacar que a Capcom parece ter aprendido com experiências passadas. Enquanto World levou quase um ano para receber sua primeira expansão substancial (Iceborne), Wilds já tem uma expansão confirmada para 2026 e promete conteúdo intermediário regular.
O fator plataformas múltiplas
Um aspecto frequentemente negligenciado nas análises é a distribuição de plataformas. Dados internos vazados sugerem que a versão para PlayStation 5 mantém uma base estável de aproximadamente 200 mil jogadores diários - número que não aparece nas estatísticas públicas da Steam.
"Temos relatos de que a comunidade japonesa, tradicionalmente mais forte em consoles, está migrando menos para o PC nesta edição", comenta a jornalista especializada Akane Fujisawa. "Isso explicaria parte da discrepância entre as plataformas."
Com o lançamento iminente da versão para Xbox Series X|S marcado para agosto, especialistas projetam que o jogo pode atingir novo patamar de popularidade, especialmente considerando que será o primeiro título da franquia incluído no Game Pass desde o anúncio da parceria entre Capcom e Microsoft.
Com informações do: Adrenaline
