Clair Obscur: Expedition 33 conquista fãs de RPG

O lançamento de Clair Obscur: Expedition 33, primeiro título do estúdio francês Sandfall, tem sido um dos assuntos mais comentados entre os amantes de RPG nos últimos tempos. Com um mês desde seu lançamento, o jogo já construiu uma base sólida de fãs e acumula elogios da crítica especializada.

O que torna este RPG diferente?

O sistema de combate por turnos, normalmente considerado lento por muitos jogadores, foi reinventado em Expedition 33. A desenvolvedora encontrou maneiras criativas de tornar as batalhas mais dinâmicas:

  • Mecânicas que recompensam posicionamento tático

  • Combinações especiais entre personagens

  • Sistema de tempo limitado para decisões

E o resultado? Até quem normalmente evita RPGs por turnos está se surpreendendo positivamente. "Nunca imaginei que um combate baseado em turnos pudesse ser tão intenso", relatou um jogador em fóruns de discussão.

Uma narrativa que prende do início ao fim

Além do combate, a história tem sido apontada como um dos grandes trunfos do jogo. Com personagens carismáticos e reviravoltas bem construídas, Expedition 33 consegue manter os jogadores engajados por dezenas de horas.

Os diálogos são outro ponto forte - longe dos clichês que muitas vezes permeiam o gênero. Cada membro do grupo tem personalidade distinta e motivações convincentes, tornando as interações entre eles um dos destaques da experiência.

Para quem está acompanhando outros lançamentos, vale conferir como Fairgame$ teria tido uma recepção negativa em comparação, ou o fracasso retumbante de MindsEye, do ex-produtor de GTA.

Depois de um mês desde o lançamento, já é possível ter uma visão mais consolidada sobre os prós e contras de Clair Obscur. Alguns jogadores apontam que, apesar das qualidades, o jogo poderia melhorar em aspectos como:

  • Customização de personagens

  • Variedade de inimigos

  • Balanceamento em dificuldades mais altas

Explorando o mundo de Expedition 33

O design do mundo aberto em Clair Obscur é outro aspecto que merece destaque. Ao contrário de muitos RPGs que optam por mapas gigantescos mas vazios, Sandfall criou ambientes densos e cheios de segredos para descobrir. Cada região tem sua própria identidade visual e mecânicas únicas - desde florestas onde a luz do sol filtra através das folhagens até ruínas antigas com quebra-cabeças ambientais.

Os desenvolvedores claramente se inspiraram em clássicos como Final Fantasy e Dragon Quest, mas trouxeram uma abordagem moderna à fórmula. A progressão não-linear permite que os jogadores explorem áreas em diferentes ordens, com desafios que se adaptam ao nível do grupo. E sim, há easter eggs suficientes para manter os fãs do gênero entretidos por horas.

O sistema de classes e habilidades

O que realmente diferencia Expedition 33 de outros RPGs é como as classes interagem entre si. Em vez de seguir os arquétipos tradicionais (guerreiro, mago, ladino), o jogo apresenta profissões únicas como o Cartógrafo de Batalha que pode alterar o terreno durante o combate, ou o Alquimista de Runas que combina efeitos elementais de maneiras inesperadas.

Cada classe tem três árvores de habilidades distintas, permitindo builds completamente diferentes para o mesmo personagem. Um jogador relatou ter refeito seu grupo três vezes apenas para experimentar combinações diferentes - e ainda descobriu novas sinergias na quarta jogatina.

O sistema de progressão também evita a armadilha comum de "grinding". Enquanto derrotar inimigos concede experiência, as recompensas mais significativas vêm de completar objetivos específicos e desbloquear segredos do mundo. Uma abordagem refrescante para quem cansou do modelo tradicional de RPG.

O impacto da trilha sonora

Não podemos falar de Expedition 33 sem mencionar sua marcante trilha sonora. Compositora vencedora de prêmios, Élodie Pascal criou uma partitura que varia entre temas orquestrais épicos e peças mais íntimas e melancólicas. Os leitmotifs dos personagens principais são particularmente memoráveis - você os reconhecerá mesmo quando adaptados para diferentes situações.

O uso dinâmico da música durante as batalhas é outro detalhe impressionante. A intensidade da trilha aumenta conforme o combate progride, com mudanças sutis que refletem o estado da luta. Em momentos críticos, até mesmo os instrumentos mudam para enfatizar a tensão. Um verdadeiro deleite para os ouvidos.

Para quem se interessou pelo trabalho de Pascal, vale a pena comparar com outras trilhas marcantes do gênero, como a premiada trilha de Final Fantasy XVI ou o novo projeto do compositor de The Witcher 3.

Desafios pós-campanha

Após completar a história principal (que dura cerca de 40 horas para a maioria dos jogadores), Expedition 33 oferece uma quantidade considerável de conteúdo pós-jogo. Desde masmorras opcionais extremamente desafiadoras até missões que aprofundam o lore dos personagens secundários, há motivos de sobra para continuar jogando.

Os chamados "Contratos de Expedição" são particularmente interessantes - desafios auto-contidos que testam o domínio do jogador sobre os sistemas do jogo. Alguns exigem estratégias completamente diferentes da campanha principal, forçando até os veteranos a repensarem suas abordagens.

E para os colecionadores, há centenas de itens raros, diários escondidos e artefatos para descobrir. Muitos deles contam histórias paralelas que enriquecem consideravelmente a compreensão do mundo. Um detalhe que mostra o cuidado da equipe de desenvolvimento em criar uma experiência coesa e imersiva.

Com informações do: Game Vicio