A ASUS acaba de oficializar sua presença na próxima edição da CES, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo. A feira, que acontecerá em Las Vegas entre 5 e 8 de janeiro de 2026, servirá não apenas como vitrine para os lançamentos mais recentes da marca, mas também como palco para uma celebração especial: duas décadas da linha Republic of Gamers (ROG). E, cá entre nós, a expectativa para ver o que a empresa taiwanesa preparou é enorme.

ASUS confirma participação na CES 2026 e comemora data especial

Onde e quando encontrar a ASUS em Las Vegas

Se você estiver por lá, a ASUS estará esperando por você no Venetian Expo, especificamente no nível 3, sala San Polo. Os horários são bem generosos, pensando no ritmo intenso da CES. No primeiro dia, 5 de janeiro, o showroom abre às 15h (horário de Brasília) e fecha às 21h30. Nos dias 6, 7 e 8, a abertura é antecipada para as 14h, mantendo o fechamento no mesmo horário. É tempo suficiente para explorar tudo com calma, sem precisar correr entre um compromisso e outro.

Mas o que realmente vai rolar dentro desse espaço? A empresa promete ir muito além de apenas colocar produtos em estantes.

IA Ubíqua e o legado da ROG: os dois pilares da apresentação

O conceito central da participação da ASUS será a "IA Ubíqua". Soa um pouco futurista, não é? A ideia é demonstrar como a inteligência artificial está se tornando uma camada fundamental e onipresente em seus dispositivos, integrada de forma prática e útil. Eles não querem só falar sobre isso; querem que o público experimente.

As linhas Zenbook e ProArt, voltadas para produtividade e trabalho criativo, devem ser os carros-chefes dessa demonstração. Imagine recursos de IA que otimizam o fluxo de trabalho em um vídeo, sugerem edições em uma foto ou gerenciam a bateria do notebook de forma inteligente. É esse tipo de funcionalidade prática que eles devem destacar. Além dos notebooks, os compactos Mini PCs e soluções para o mercado corporativo também terão seu espaço.

No entanto, o coração da celebração baterá mais forte no ROG LAB. Uma área especial dedicada aos 20 anos da linha gamer. Será uma verdadeira viagem no tempo, com uma curadoria de equipamentos emblemáticos lançados ao longo dessas duas décadas. Espera-se ver desde os primeiros notebooks ROG, que eram verdadeiros trambolhos cheios de luzes, até os modelos atuais, muito mais refinados, passando por placas-mãe lendárias, monitores que definiram novas taxas de atualização e uma série de acessórios. Para quem acompanha a cena gamer, será um prato cheio de nostalgia.

E por falar em acompanhar, a equipe do Adrenaline já confirmou que estará no local, pronta para trazer as primeiras mãos, impressões e tudo o que rolar por lá diretamente para os leitores.

O contexto maior: por que a CES 2026 é tão importante?

A CES não é apenas mais uma feira. É o termômetro do setor de tecnologia para o ano que se inicia. É onde tendências são validadas, parcerias são anunciadas e o rumo do mercado é traçado. Para uma empresa como a ASUS, com um portfólio tão vasto que vai de componentes de PC a smartphones, monitores e gadgets IoT, ter uma presença forte na CES é estratégico.

Além disso, celebrar os 20 anos da ROG em um palco global como esse é um movimento inteligente. A linha foi fundamental para consolidar a ASUS como uma potência no mercado gamer, um segmento que é não só lucrativo, mas também extremamente influente em termos de adoção de novas tecnologias. O que é testado e aprovado pelos gamers hoje, muitas vezes se torna padrão para o usuário geral amanhã.

O anúncio também reacende a discussão sobre o que, de fato, constitui um produto com "IA". Será que as demonstrações da ASUS vão conseguir mostrar uma aplicação que vá além de um assistente de voz ou de um filtro de imagem? A promessa de uma "IA Ubíqua" é ambiciosa e coloca a expectativa lá em cima.

Enquanto isso, para se aquecer para a feira, você pode conferir algumas notícias recentes da marca:

  • Vaza BIOS XOC de 2000W para a ASUS RTX 5090, liberando voltagem e poder extremo

  • Vendeu tudo! GPU ASUS ROG Matrix Platinum RTX 5090 de US$ 4 mil está esgotada

  • ASUS libera BIOS AGESA 1.2.7.0 para AM5 e já prepara terreno para as APUs Zen 5

  • Mas vamos além da superfície. O que realmente significa "IA Ubíqua" na prática para um usuário que vai comprar um Zenbook ou um ProArt no próximo ano? A promessa é de uma assistência que não espera ser chamada. Pense em um software de edição de vídeo que, ao detectar que você está cortando várias cenas seguidas, sugere automaticamente um atalho de teclado personalizado para acelerar o processo. Ou em um sistema de gerenciamento térmico que aprende com seus padrões de uso – se você sempre conecta o notebook à tomada e abre o mesmo jogo às 20h, ele já pré-configura o perfil de performance e ventilação antes mesmo de você clicar no ícone.

    É uma mudança de paradigma sutil, porém poderosa. Em vez de ferramentas isoladas, a IA se torna o tecido conectivo entre todas as funções do dispositivo. E a CES é o lugar perfeito para testar se essa visão é convincente ou apenas mais um jargão de marketing. Os jornalistas e influenciadores presentes vão colocar essas funcionalidades à prova em tempo real.

    O ROG LAB: mais do que um museu, um termômetro da evolução gamer

    A área dos 20 anos da ROG promete ser emocionante, mas também é um exercício de autocrítica e celebração da evolução da engenharia. Colocar lado a lado um ROG G70, da década de 2000, com seu design agressivo e peso considerável, ao lado de um Zephyrus G16 atual, ultrafino e com performance brutais, conta uma história sobre mais do que apenas hardware. Conta sobre como as prioridades do gamer mudaram.

    Antes, o foco era puro poder, custasse o que custasse em portabilidade e ruído. Hoje, a busca é pelo equilíbrio: performance de ponta, sim, mas entregue em um pacote que você consegue carregar para uma lan house, uma viagem ou até para a mesa da sala. Ver essa linha do tempo física deve fazer muitos se perguntarem: o que consideraremos "bulky" ou "barulhento" daqui a mais 10 anos?

    E não será só sobre notebooks. A curadoria deve incluir peças icônicas como a placa-mãe ROG Crosshair, que definiu o overclocking para uma geração, ou os primeiros monitores ROG Swift com taxa de atualização de 144Hz, que pareciam mágica na época e hoje são quase um padrão de entrada. É uma forma inteligente da ASUS reforçar que ela não apenas acompanhou, mas muitas vezes liderou essas mudanças.

    As expectativas não ditas: o que NÃO foi anunciado (ainda)

    O comunicado oficial é cuidadoso ao focar nos conceitos de IA e no aniversário da ROG. Mas, em eventos como a CES, o que não é dito diretamente também gera burburinho. A ausência de menções específicas a novos smartphones ROG Phone, por exemplo, é significativa. Será que a linha, após algumas gerações de refinamento incremental, está pronta para um redesenho mais ousado? Ou a empresa está guardando surpresas para um evento próprio mais tarde no ano?

    O mesmo vale para o segmento de componentes. A ASUS é uma das maiores fabricantes de placas-mãe do mundo, e a CES costuma ser palco para os lançamentos das linhas voltadas para as novas plataformas da Intel e AMD. O silêncio sobre isso agora pode significar que os grandes lançamentos de placas-mãe com os chipsets da próxima geração serão revelados apenas no próprio estande, criando um momento de impacto maior durante a feira.

    E os Mini PCs? A promessa de "soluções corporativas" é vaga. Em um mundo pós-pandemia onde o trabalho híbrido se consolidou, será que veremos dispositivos compactos focados em reuniões virtuais, com câmeras de altíssima qualidade e processamento de áudio via IA integrado de fábrica? A lacuna entre o que é anunciado e o que é esperado cria um espaço fértil para especulação – e a ASUS sabe muito bem como usar isso a seu favor.

    Aliás, a estratégia de comunicação já começou. Ao confirmar a presença com uma antecedência tão grande, a empresa não só garante seu espaço na agenda da mídia, mas também começa a construir um "funnel de expectativa". As notícias sobre a RTX 5090 esgotada e a BIOS de overclock extremo, que linkamos acima, não são coincidência. Elas aquecem o público entusiasta, lembrando a todos que a ASUS não brinca em serviço quando o assunto é performance de ponta. É um prelúdio perfeito para o espetáculo de Las Vegas.

    E você, o que espera ver no estande da ASUS? Uma revolução em usabilidade guiada por IA, ou a consolidação de um legado já sólido no mundo gamer? A resposta, como sempre na CES, estará nos detalhes das demonstrações ao vivo e na reação imediata de quem colocar as mãos nos produtos. A contagem regressiva para janeiro de 2026 já começou, e o cenário está armado para que a ASUS tente, mais uma vez, roubar a cena.

Com informações do: Adrenaline