Um novo rumor sobre os planos da Capcom para a franquia Resident Evil está circulando nas redes sociais, e as notícias são mistas para os fãs da série. Enquanto um remake aguardado parece estar avançando rapidamente, outro título popular não teria recebido sinal verde para uma recriação.
O que sabemos sobre Resident Evil 5

Resident Evil 5 foi lançado originalmente em março de 2009 para PS3 e Xbox 360, e posteriormente recebeu ports para PC, PS4, Xbox One e Nintendo Switch. O jogo se destacou por sua ênfase no cooperativo, uma característica que dividiu opiniões mas certamente marcou a evolução da série. Muitos fãs consideram que foi este título que pavimentou o caminho para o ainda mais controverso Resident Evil 6.
Na minha experiência, Resident Evil 5 sempre foi um daqueles jogos que funcionava melhor quando jogado com um amigo. A campanha solo tinha seus momentos, mas a verdadeira magia acontecia no modo cooperativo. Será que essa dependência do multiplayer seria um dos motivos para a Capcom hesitar em um remake?
Code Veronica avança rapidamente
Nem tudo são más notícias no universo dos remakes de Resident Evil. O mesmo insider revela que o remake de Code Veronica está progredindo tão bem que estaria até adiantado em relação ao cronograma original. Desenvolvimento desde 2022? Isso significa três anos de trabalho silencioso sem nenhum anúncio oficial.

Dusk Golem já havia comentado no mês passado que os próximos remakes seriam Code Veronica e Zero, com janela de lançamento entre 2027 e 2028. Mas se Code Veronica realmente está adiantado, talvez a Capcom decida falar sobre ele mais cedo do que o esperado.
É interessante notar como a Capcom parece estar priorizando os títulos mais antigos da série primeiro. Code Veronica, originalmente lançado para Dreamcast em 2000, é considerado por muitos fãs hardcore como uma peça essencial na cronologia de Resident Evil - talvez até mais do que Resident Evil 5.
O cenário atual dos remakes
O contexto atual da Capcom com a franquia Resident Evil é particularmente interessante. Com Resident Evil 9 Requiem já confirmado para 2026, a empresa precisa equilibrar cuidadosamente seus lançamentos entre novos capítulos e remakes.
Alguns fãs podem estar se perguntando: por que priorizar Code Veronica em vez de Resident Evil 5? Bem, do ponto de vista comercial, RE5 vendeu extremamente bem - mais de 13 milhões de cópias até 2023. Mas talvez a Capcom esteja considerando fatores além das vendas.
Code Veronica representa uma era diferente dos jogos de survival horror, com uma atmosfera e gameplay que se alinham mais com os remakes recentes de Resident Evil 2 e 3. Já RE5 marcou a transição da série para uma abordagem mais action-oriented, o que exigiria uma reinterpretação mais significativa para agradar ao público moderno.
Vale lembrar que a Capcom já tem outros projetos em andamento, incluindo possíveis ports como o Resident Evil 7 para Switch 2 e novos registros de marcas como Dino Crisis e Resident Evil Requiem no Brasil.
O desafio de adaptar Resident Evil 5
Repensar Resident Evil 5 para os padrões atuais seria um desafio considerável para a Capcom. O jogo original carrega certas... particularidades que não envelheceram bem, para dizer o mínimo. O cenário africano e a representação de seus personagens foram alvo de críticas substanciais já na época do lançamento, e hoje seriam ainda mais escrutinados.
Será que a Capcom hesita justamente por antever a complexidade de uma reinterpretação culturalmente sensível? Adaptar a narrativa e o setting sem perder a essência da campanha cooperativa seria um equilíbrio delicado. Talvez a empresa prefira investir seus recursos em projetos com menos potenciais armadilhas.
Além disso, o sistema de cooperação online do original era funcional para sua época, mas os jogadores modernos esperam muito mais. Matchmaking refinado, cross-play entre plataformas, menos telas de loading entre as sessões cooperativas - tudo isso demandaria um trabalho significativo de engenharia.
O que os fãs realmente querem?
Curiosamente, a comunidade parece dividida sobre qual remake merece prioridade. Enquanto alguns clamam por Code Veronica há anos, outros argumentam que Resident Evil 5, sendo mais moderno, se beneficiaria mais de uma repaginada visual. Afinal, o salto gráfico entre o original de 2009 e um potencial remake seria menos dramático do que entre Code Veronica (2000) e seus contemporâneos.
Nas minhas conversas com outros fãs da série, percebo que muitos têm uma relação de amor e ódio com RE5. Adoram as memórias das sessões cooperativas caóticas, mas reconhecem que o jogo se afastou demais das raízes de survival horror. Talvez um remake pudesse corrigir isso? Quem sabe reequilibrar a dificuldade, reduzir a munição abundante e trazer de volta aquela tensão clássica dos primeiros jogos.
Mas aqui surge outra questão: até que ponto você pode alterar um jogo antes que ele deixe de ser a mesma experiência? Resident Evil 3 Remake enfrentou críticas justamente por cortar conteúdo significativo do original. Se a Capcom decidisse refazer RE5 com uma abordagem mais horror e menos action, será que ainda agradaria aos fãs que amaram o cooperativo frenético?
O silêncio que fala mais alto
O fato de a Capcom não ter aprovado o remake "neste momento" é particularmente revelador. A empresa claramente tem um plano de longo prazo para a franquia, e cada remake precisa se encaixar perfeitamente nessa estratégia. Com Resident Evil 9 chegando em 2026 e possivelmente um novo multiplayer assimétrico em desenvolvimento, talvez simplesmente não haja espaço no calendário para outro grande lançamento.
Vale lembrar que os remakes recentes não são meras atualizações gráficas - são reinterpretações completas que demandam anos de desenvolvimento. Resident Evil 4 Remake levou cerca de três anos e meio para ficar pronto, com uma equipe dedicada trabalhando em tempo integral. Não é um projeto que se inicia levianamente.
E enquanto isso, os ports e remasters continuam chegando. Quem precisa de um remake caríssimo quando você pode simplesmente melhorar o original e vendê-lo por um preço mais acessível? A versão de RE5 para PS4 e Xbox One já roda a 60fps e em resolução mais alta - para muitos jogadores, isso é suficiente.
O futuro além dos remakes
Talvez a questão mais importante seja: até quando a Capcom continuará investindo pesado em remakes? A estratégia tem sido extremamente bem-sucedida financeiramente, mas chegará um momento em que os títulos "remakeáveis" se esgotarão. Depois de Code Veronica e Zero, quais restariam? Resident Evil 6? O primeiro Resident Evil já foi refeito uma vez - faria sentido refazê-lo novamente?
Alguns fãs especulam que a Capcom pode estar preparando o terreno para algo maior do que apenas remakes individuais. E se a empresa estivesse planejando uma espécie de "coleção definitiva" que reunisse todos os jogos principais em um único ecossistema, com gráficos modernizados e recursos cross-platform? Parece ambicioso demais, mas não completamente impossível.
Enquanto isso, o sucesso de Resident Evil: Village e a expectativa em torno do nono capítulo mostram que a franquia tem gás para continuar evoluindo com histórias originais. Os remakes são ótimos para trazer novos fãs e satisfazer a nostalgia dos antigos, mas o coração da série sempre baterá mais forte com novas experiências.
E você? O que prefere: que a Capcom se concentre em finalizar Code Veronica e depois parta para novos projetos, ou espera que eventualmente todos os jogos clássicos recebam o tratamento remake? As discussões nas redes sociais mostram que não há consenso, mas essa diversidade de opiniões é justamente o que mantém a comunidade tão vibrante após todas essas décadas.
Com informações do: Adrenaline