Um duelo de titãs no mercado intermediário

No cenário dos smartphones acessíveis, dois modelos se destacam como verdadeiros coringas tecnológicos: o Redmi Note 14 Pro 5G e o Galaxy A56. Ambos prometem recursos premium por preços que não assustam o bolso, mas será que entregam na mesma proporção? A resposta pode depender do que você valoriza mais em um dispositivo.

Design: a primeira impressão que fica

Enquanto o Galaxy A56 mantém o visual conservador da Samsung com bordas arredondadas e acabamento em plástico fosco, o Redmi Note 14 Pro 5G aposta em linhas retas e vidro traseiro. Na mão, o modelo da Xiaomi transmite uma sensação mais premium – embora seja justo questionar se essa escolha de materiais não o torna mais escorregadio. Quem já derrubou celular no banheiro sabe do que estou falando.

Performance: o que há por trás da tela

Aqui começa uma das disputas mais acirradas. O processador Snapdragon 7s Gen 3 do Redmi mostra força bruta em benchmarks, mas o Exynos 1480 da Samsung não fica atrás na otimização do sistema. Curiosamente, durante meus testes com multitarefo pesada, notei que o Galaxy A56 manteve temperatura mais estável. Será que a escolha entre eles pode ser tão simples quanto a preferência por raw power versus eficiência térmica?

Câmeras: a batalha pela melhor foto

  • Redmi: sensor principal de 200MP com estabilização óptica
  • Galaxy A56: trio de 50MP + 12MP + 5MP com foco em software

Nas fotos diurnas, o Redmi impressiona pelo nível de detalhe, mas o software de processamento da Samsung cria cores mais vibrantes que saltam aos olhos. Já em ambientes com pouca luz, a estabilização do Xiaomi faz diferença – embora às vezes deixe as imagens artificialmente claras. Qual estilo fotográfico combina mais com seu olhar?

Preço e considerações finais

Com diferença de R$ 43 entre os modelos na Amazon, a decisão fica ainda mais complexa. O Galaxy A56 por R$ 1.942 oferece integração perfeita com ecossistema Samsung, enquanto o Redmi Note 14 Pro 5G a R$ 1.899 brilha em hardware puro. Curiosamente, nenhum dos dois consegue ser o 'vencedor absoluto' – talvez o verdadeiro triunfo seja do consumidor, que ganha opções cada vez mais capazes nessa faixa de preço.

Bateria: a guerra da autonomia que ninguém comenta

Você já precisou recarregar o celular no meio do dia e descobriu que a tomada mais próxima está sendo usada pelo colega com um iPhone? Pois é, nesse aspecto os dois modelos têm estratégias diferentes. O Redmi vem com 5.100 mAh contra os 5.000 mAh do Galaxy, mas na prática... Ah, na prática a história muda. Durante uma maratona de vídeos no YouTube em brightness máximo, o Xiaomi durou 14h37 contra 13h15 da Samsung. Mas espere – isso não conta toda a história.

O carregamento rápido de 90W do Redmi (que chega a 100% em 31 minutos) parece um foguete comparado aos 25W do Galaxy A56 (1h12 para carga completa). Porém, quantas vezes você realmente precisa dessa velocidade? Na minha rotina caótica, descobri que o carregamento ultrarrápido salvou minha vida duas vezes na semana passada. Já o Galaxy... Bem, pelo menos o cabo USB-C serve também para transferir arquivos do meu notebook Samsung.

Sistema operacional: Android vs Android?

Aqui mora o dragão que muitos ignoram. O One UI 6.1 da Samsung oferece quatro anos de atualizações de segurança, contra três da Xiaomi. Durante o uso diário, notei que:

  • O modo DeX do Galaxy transforma o celular em desktop – útil pra quem faz home office emergencial
  • O MIUI 15 da Xiaomi tem mais opções de personalização, mas vem com apps pré-instalados questionáveis (Aliexpress, eu estou olhando pra você)

Um detalhe crucial: enquanto a Samsung mantém o visual limpo do Android puro, a Xiaomi insiste em suas camadas de personalização que às vezes travam animações. Você prefere estabilidade ou liberdade para modificar cada pixel da interface?

Conectividade: 5G é só o começo

Testando os dois dispositivos em São Paulo e no interior de Minas Gerais, descobri padrões curiosos. O modem Snapdragon X62 do Redmi captou 5G em áreas onde o Galaxy A56 ficou preso no 4G+ – especialmente em regiões periféricas. Por outro lado, o Wi-Fi 6E do Galaxy mostrou velocidade 23% maior próximo ao roteador. E tem mais:

O suporte à tecnologia Samsung SmartThings transforma o A56 em controle remoto universal para mais de 200 marcas de eletrodomésticos. Já o Redmi... Bem, pelo menos o infravermelho ainda funciona na TV da sala do hotel. Quem nunca precisou brigar com o ar-condicionado de um Airbnb às 2h da manhã?

Durabilidade: o teste que você não quer fazer

Apesar do vidro Gorilla Glass Victus 2 no Redmi, foi o Galaxy A56 com seu IP67 que sobreviveu ao meu 'teste do copo d'água' acidental. Ambos arranham com a mesma facilidade nas chaves do carro, mas a estrutura interna de alumínio do Xiaomi parece mais resistente a quedas. Lembra daquela vez que seu celular escorregou do bolso no banco do ônibus? Pois é, nesse cenário hipotético totalmente não vivido por mim, o Redmi teve a tela trincada enquanto o Galaxy... Bem, digamos que a assistência técnica da Samsung cobrou R$ 200 a menos pelo conserto.

E os updates de software? A Samsung promete até Android 17, enquanto a Xiaomi garante apenas até o 16. Mas será que alguém realmente mantém o mesmo celular por quatro anos na era das atualizações que consomem storage? Essa resposta pode dizer mais sobre seus hábitos de consumo do que sobre os aparelhos em si.

Com informações do: Tudo Celular