
Surpresa no lançamento
Em uma jogada inesperada, a Frogwares liberou nesta terça-feira (13) a versão remasterizada de The Sinking City para PS5, Xbox Series e PC. O que chamou ainda mais atenção foi o anúncio de que proprietários da edição original receberiam o upgrade gratuitamente - uma cortesia rara no mercado de games atualmente.
Nas plataformas digitais, o título já chegou com desconto de 50%. Na PS Store brasileira, está sendo vendido por R$ 132,45, enquanto na Steam o preço ficou em R$ 74,50. Uma diferença considerável que provavelmente reflete políticas regionais de preços.

O que mudou na versão remasterizada?
A reconstrução na Unreal Engine 5 trouxe melhorias substanciais:
Texturas e reflexos aprimorados
Suporte a resolução 4K
Sistema de iluminação completamente refeito
Tecnologias DLSS e FSR para melhor desempenho
Novo Modo Foto para capturar momentos do jogo
A Frogwares divulgou um trailer comparativo mostrando lado a lado as diferenças entre as versões. E a evolução é visível, especialmente nos efeitos de água e iluminação - elementos cruciais para um jogo que se passa em uma cidade sendo engolida pelo oceano.
Preparando o terreno para a sequência
O lançamento do remaster não é coincidência. A Frogwares está trabalhando em The Sinking City 2, que triplicou sua meta inicial no Kickstarter no começo do ano. Pelo que foi revelado até agora, a sequência levará os jogadores para Arkham, outra cidade icônica do universo Lovecraftiano.
O estúdio promete manter a mistura de investigação, narrativa densa e combates que caracterizou o primeiro jogo, mas com ambições maiores. Resta saber se conseguirão capturar novamente aquela atmosfera opressiva que fez do original um cult favorite.
Via: PC Gamer
Recepção da comunidade e críticas
Desde o lançamento, fóruns de discussão como o r/Games no Reddit estão cheios de análises de jogadores que testaram o remaster. A maioria elogia a política de upgrade gratuito, com muitos destacando que "em uma era de remasters pagos, essa decisão é refrescante". Alguns usuários do PC, no entanto, relataram bugs menores com texturas carregando lentamente em configurações de ultra definição.
Críticos especializados apontam que, embora as melhorias técnicas sejam evidentes, o jogo ainda carrega algumas limitações de design da versão original. "A IA dos inimigos continua basicamente a mesma, o que pode ser decepcionante para quem esperava uma revisão mais profunda", comenta um editor do Eurogamer.
O legado de The Sinking City
Lançado originalmente em 2019, The Sinking City se destacou por sua abordagem única ao terror lovecraftiano, misturando elementos de RPG investigativo com um sistema de detecção não-linear. Diferente de outros jogos do gênero, aqui as pistas não são marcadas automaticamente - cabe ao jogador conectar os pontos usando um sistema de pinos no mapa e um diário detalhado.
Essa complexidade narrativa rendeu ao jogo uma base de fãs dedicada, apesar de suas falhas técnicas originais. "É raro encontrar um jogo que te trate como um adulto capaz de pensar por si mesmo", reflete um usuário no Steam com mais de 200 horas registradas. Essa filosofia de design parece estar sendo mantida na sequência, segundo os primeiros esboços compartilhados pela Frogwares.
O que esperar do futuro
Com o sucesso do financiamento coletivo para The Sinking City 2, a Frogwares parece ter conquistado a liberdade criativa que precisava. Rumoram que o estúdio está expandindo sua equipe para lidar com as ambições do projeto, que promete:
Um sistema de investigação mais profundo com múltiplas soluções para cada caso
Novos elementos de terror psicológico baseados nas escolhas do jogador
Um mundo semi-aberto maior que o do primeiro jogo
Integração mais orgânica dos mitos de Cthulhu na narrativa
Enquanto isso, o remaster serve como uma oportunidade para novos jogadores descobrirem o universo do jogo antes da chegada da sequência. E para os fãs de longa data, é uma chance de revisitar Oakmont com uma apresentação técnica à altura de suas ambições narrativas.
Com informações do: FlowGames