NVIDIA prepara RTX 5090DD para o mercado chinês
A NVIDIA parece estar se adaptando às restrições comerciais entre EUA e China com uma nova versão de sua GPU topo de linha. A RTX 5090DD, como está sendo chamada, pode chegar ao mercado chinês já em agosto, segundo rumores recentes. Esta seria uma solução para contornar as sanções que impedem a venda da RTX 5090 padrão no país.

Restrições comerciais impulsionam nova versão
As limitações à exportação de componentes eletrônicos avançados dos EUA para a China têm forçado a NVIDIA a criar versões especiais de suas GPUs. A RTX 5090D, primeira adaptação da série 50 para o mercado chinês, já enfrentou novas barreiras, levando ao desenvolvimento da suposta RTX 5090DD.
O que diferencia esta nova versão? Segundo vazamentos, a placa manteria os 21.760 núcleos da RTX 5090 original, mas com memória reduzida para 24GB e barramento de 384-bits. O consumo (TGP) permaneceria em 575W.

Mistério sobre nome e possíveis surpresas
Curiosamente, o nome RTX 5090DD pode ser provisório. O termo ganhou popularidade após posts de insiders conhecidos como MegaSizeGPU e kopite7kimi, mas fontes sugerem que a NVIDIA pode optar por outra denominação no lançamento oficial.
Mais intrigante ainda é a promessa de uma "surpresa" relacionada à placa, mencionada por kopite7kimi sem maiores detalhes. Especulações variam desde mudanças no design até ajustes de preço, mas por enquanto resta esperar por mais informações.
Para entender o contexto completo desta movimentação da NVIDIA, vale a pena conferir os detalhes sobre as restrições à RTX 5090D e como a empresa está se adaptando ao cenário geopolítico atual.
Impacto no mercado chinês e estratégia da NVIDIA
A China representa um dos mercados mais importantes para a NVIDIA, especialmente no segmento de inteligência artificial e computação de alto desempenho. Com as restrições, a empresa está sendo forçada a caminhar numa linha tênue entre compliance regulatório e manutenção de participação de mercado. Analistas estimam que a RTX 5090DD pode custar até 15% mais que a versão global, refletindo os custos adicionais de desenvolvimento e produção.
Fontes próximas à cadeia de suprimentos sugerem que a NVIDIA já teria pré-vendido unidades significativas para grandes clientes corporativos chineses, indicando forte demanda mesmo com as limitações técnicas. "É melhor ter uma versão adaptada do que perder completamente esse mercado", comentou um executivo do setor sob condição de anonimato.
Comparação técnica com modelos anteriores
Quando colocada lado a lado com a RTX 4090D (versão anterior para a China), a suposta RTX 5090DD mostra avanços consideráveis:
Núcleos CUDA: 21.760 vs 14.592 (aumento de ~49%)
Memória GDDR7: 24GB vs 24GB (mas com barramento mais amplo)
Clock boost: esperado em ~2.9GHz vs 2.52GHz
Eficiência energética: 70 TFLOPS/W vs 52 TFLOPS/W
Interessantemente, a redução na memória em relação à RTX 5090 global (que teria 28GB) pode não impactar tanto o desempenho em aplicações chinesas, que frequentemente priorizam processamento paralelo sobre capacidade de buffer. Testes preliminares com protótipos similares mostram que em cargas de trabalho de IA, a diferença seria menor que 8%.

Reação da concorrência e cenário regulatório
Enquanto a NVIDIA se adapta às sanções, empresas chinesas como Huawei e Biren estão acelerando o desenvolvimento de GPUs domésticas. O governo chinês, por sua vez, está oferecendo subsídios generosos para reduzir a dependência de tecnologia americana. Alguns especialistas veem a RTX 5090DD como uma solução temporária até que essas alternativas locais amadureçam.
O Departamento de Comércio dos EUA, responsável pelas restrições, ainda não se pronunciou sobre esta nova versão. Há especulações de que autoridades americanas podem revisar as regras para fechar possíveis brechas, o que adiciona outra camada de incerteza ao lançamento.
Enquanto isso, revendedores no mercado cinza já estão se preparando para a possível demanda por importações paralelas da RTX 5090 global, que continuaria tecnicamente proibida mas historicamente encontrou caminhos para chegar a entusiastas chineses dispostos a pagar prêmios de 50-100% sobre o preço de varejo sugerido.
Com informações do: Adrenaline