G.Skill redefine limites de performance na Computex 2025

A G.Skill está causando frisson na Computex 2025 com demonstrações impressionantes de capacidade e velocidade em seus módulos de memória RAM. No centro das atenções está um sistema com incríveis 512GB de memória operando a 6.600MT/s - uma combinação rara de alta capacidade com performance extrema.

Estande da G.Skill na Computex 2025

Segundo o Tom's Hardware, a configuração utiliza oito módulos RDIMM de 64GB cada, montados em uma placa-mãe ASUS Pro WS WRX90E-SAGE SE com um processador Ryzen Threadripper PRO 7985WX. O que realmente chama atenção é o overclock alcançado: 6.600MT/s com latência CL42 em uma configuração com tanta memória.

Não é só sobre capacidade: velocidade também brilha

Para usuários que não precisam de tanta memória mas buscam performance extrema, a G.Skill apresentou sistemas com velocidades ainda mais impressionantes. Em uma configuração "modesta" de 48GB (2x24GB), a empresa alcançou incríveis 10.933MT/s usando uma placa ROG Maximus Z890 Apex com processador Intel Core Ultra 9 285K.

G.Skill demonstra PC alcançando mais de 10.000MT/s

Mas será que essas velocidades são alcançáveis no dia a dia? A G.Skill parece ter encontrado um equilíbrio interessante em configurações intermediárias. Um sistema com 256GB de RAM atingiu DDR5-7000 com CL38 usando uma ASUS ROG Crosshair X870E Hero e um Ryzen 7 9800X3D - números que certamente agradariam tanto profissionais criativos quanto entusiastas de hardware.

Baixíssima latência: o outro lado da moeda

Para quem prioriza tempos de resposta rápidos em vez de pura velocidade ou capacidade, a G.Skill tinha demonstrações igualmente impressionantes:

  • 192GB a DDR5-6000 com apenas CL26

  • 192GB a DDR5-6400 com CL28

  • 32GB a DDR5-8400 mantendo CL34

Build DDR-7000 com 256GB de memória

Essas demonstrações mostram como a G.Skill está explorando todos os aspectos da performance de memória. Desde workstations profissionais que precisam de quantidades enormes de RAM até sistemas gamers que priorizam latência mínima, há opções para todos os perfis de usuário.

O que essas conquistas significam para o mercado?

As demonstrações da G.Skill na Computex 2025 não são apenas números impressionantes em um slide - elas refletem tendências importantes no mercado de memórias. A capacidade de empurrar 512GB para 6.600MT/s sugere que estamos vendo uma maturidade crescente da tecnologia DDR5, especialmente em configurações de alta densidade que antes sofriam com limitações de velocidade.

Profissionais que trabalham com renderização 3D, simulações científicas ou edição de vídeo em 8K/12K podem finalmente ter o melhor dos dois mundos: quantidades generosas de memória e largura de banda suficiente para manter os processadores alimentados. Imagine trabalhar com um projeto After Effects complexo sem precisar recorrer a proxies ou esperar eternamente pelos previews - essa é a promessa implícita nessas configurações.

Desafios de compatibilidade e resfriamento

Porém, nem tudo são flores. Configurações extremas como essas trazem seus próprios desafios. O sistema com 512GB a 6.600MT/s, por exemplo, utiliza módulos RDIMM (Registered DIMM) que não são compatíveis com a maioria das placas-mãe para consumidores. E mesmo em plataformas profissionais como a WRX90E-SAGE SE, alcançar essas velocidades requer um tuning minucioso e provavelmente um sistema de resfriamento robusto.

Falando em resfriamento, as fotos dos bastidores mostram que a G.Skill está usando soluções customizadas com dissipadores massivos e até ventiladores dedicados para manter as temperaturas sob controle. Isso levanta questões sobre a viabilidade de operar essas configurações em gabinetes convencionais. Será que veremos um retorno dos kits de memória com resfriamento líquido, como eram populares na era DDR3?

Preços e disponibilidade: quando chegarão aos usuários?

Um dos grandes mistérios que permanecem é quando - e por quanto - essas tecnologias estarão disponíveis para o público geral. Históricamente, as demonstrações da Computex costumam preceder os lançamentos comerciais em 6 a 12 meses. Porém, considerando o nicho dessas configurações extremas, é provável que inicialmente elas sejam direcionadas a:

  • Estúdios profissionais de VFX e animação

  • Laboratórios de pesquisa científica

  • Empresas que trabalham com machine learning em pequena escala

  • Entusiastas com orçamento ilimitado

Fontes próximas à indústria sugerem que os kits de 512GB podem custar mais que um carro popular quando chegarem ao mercado. Mas para certas aplicações profissionais, onde o tempo é literalmente dinheiro, o investimento pode se pagar rapidamente em produtividade ganha.

O impacto nos jogos: vale a pena para gamers?

Enquanto configurações de 512GB são claramente exageradas para jogos, as demonstrações de baixa latência e alta velocidade chamam a atenção da comunidade gamer. A latência CL26 em DDR5-6000, por exemplo, promete tempos de resposta que podem fazer diferença em jogos competitivos onde cada milissegundo conta.

Mas será que os jogos atuais conseguem aproveitar essas melhorias? Testes preliminares sugerem ganhos marginais em títulos como Counter-Strike 2 e Valorant, mas a diferença real pode só ser perceptível com monitores de altíssimo refresh rate (360Hz+) e nas mãos de jogadores profissionais. Para o gamer casual, investir em uma GPU melhor provavelmente traria benefícios mais tangíveis.

Com informações do: Adrenaline