A chegada polêmica do Stellar Blade ao PC
O aguardado jogo Stellar Blade, que conquistou os jogadores no PlayStation 5 em 2024, está prestes a fazer sua estreia no PC. Mas o que deveria ser uma boa notícia está gerando controvérsia entre a comunidade gamer. O motivo? A inclusão da tecnologia DRM Denuvo, conhecida por ser um sistema antipirataria que frequentemente causa discussões sobre seu impacto na performance dos jogos.
A página do jogo na Steam confirmou o uso da DRM, e a revelação tardia dessa decisão não caiu bem entre os fãs. Afinal, será que essa proteção realmente vale a pena se comprometer a experiência dos jogadores legítimos?
Os principais pontos da controvérsia
Nas discussões da Steam, os jogadores levantaram várias preocupações:
Impacto potencial na performance, mesmo em hardwares potentes
Dificuldades na criação de mods para o jogo
Problemas com ativações e necessidade de conexão constante com a internet
Incompatibilidade com hardwares mais antigos
Não é a primeira vez que a Denuvo gera esse tipo de reação. Jogos como Resident Evil Village e Assassin's Creed Origins já demonstraram melhoras significativas de performance após a remoção da DRM. Será que o mesmo acontecerá com Stellar Blade?
A defesa da Shift Up
Diante da repercussão negativa, a desenvolvedora Shift Up se manifestou no
Em um ponto positivo, a empresa confirmou que o jogo não exigirá conta da PSN para jogar no PC - uma preocupação que muitos jogadores tinham após o caso Helldivers 2. No entanto, a questão dos países bloqueados ainda permanece sem solução no momento desta publicação.
E você, o que acha dessa polêmica? Acha que a proteção contra pirataria justifica possíveis impactos na experiência dos jogadores? Ou será que as desenvolvedoras deveriam buscar alternativas menos intrusivas?
O histórico problemático da Denuvo
A polêmica em torno da Denuvo não é novidade no mundo dos jogos. Desde seu lançamento, a tecnologia tem sido alvo de críticas constantes por parte da comunidade. Um dos casos mais emblemáticos foi o de Dragon Age: Inquisition, onde jogadores relataram quedas de performance de até 30% em comparação com versões sem a DRM. Outro exemplo recente foi Hogwarts Legacy, que após remover a proteção, mostrou melhorias significativas na estabilidade de quadros por segundo.
O que torna a situação do Stellar Blade particularmente delicada é o timing da revelação. Muitos fãs que acompanhavam o desenvolvimento do jogo para PC só descobriram sobre a Denuvo após o anúncio oficial na Steam. Isso gerou um sentimento de desconfiança - será que a desenvolvedora estava tentando esconder essa informação?
Alternativas à Denuvo: existe um meio-termo?
Algumas desenvolvedoras têm experimentado abordagens diferentes para combater a pirataria sem recorrer a sistemas tão intrusivos. A CD Projekt Red, por exemplo, optou por não usar DRM em Cyberpunk 2077, confiando na qualidade do jogo e em atualizações constantes para manter os jogadores engajados. Curiosamente, o jogo teve um dos melhores lançamentos comerciais da história, mesmo com versões piratas disponíveis desde o primeiro dia.
Outra abordagem interessante vem da Larian Studios com Baldur's Gate 3. Eles implementaram um sistema de proteção mais leve, combinado com:
Atualizações frequentes com conteúdo adicional
Suporte robusto à comunidade de mods
Preços regionais acessíveis
Funcionalidades online que agregam valor à experiência
Esses casos sugerem que talvez existam caminhos alternativos para proteger os investimentos sem sacrificar a experiência do jogador. Mas será que essas estratégias funcionariam para um jogo como Stellar Blade, que tem um escopo e orçamento diferentes?
O dilema econômico por trás da DRM
É importante entender que a decisão de usar Denuvo raramente parte dos desenvolvedores diretamente. Normalmente, são os publicadores - preocupados com o retorno financeiro - que insistem na implementação. A Shift Up, como desenvolvedora relativamente nova no cenário AAA, pode ter tido pouca margem de negociação nesse aspecto.
Dados da GamesIndustry.biz mostram que, em média, jogos com Denuvo têm uma redução de 60-70% nas taxas de pirataria nas primeiras semanas. No entanto, esses mesmos dados indicam que o impacto nas vendas é menos claro, com muitos jogos mantendo performance comercial similar após a remoção da proteção.
O que fica evidente é que a indústria ainda não encontrou uma solução ideal para esse problema complexo. Enquanto isso, jogadores continuam pagando o preço - literal e figurativamente - por sistemas de proteção que muitas vezes parecem punir mais os consumidores legítimos do que os piratas.
O futuro do Stellar Blade no PC
Apesar da controvérsia, há motivos para otimismo. A Shift Up demonstrou estar atenta ao feedback da comunidade, como mostra a decisão de não exigir conta da PSN. Alguns jogadores sugerem que a desenvolvedora poderia seguir o exemplo de Monster Hunter: World, que inicialmente usou Denuvo mas a removeu após alguns meses.
Outro aspecto positivo é que o jogo parece estar bem otimizado para uma variedade de configurações. Testes preliminares indicam que mesmo em PCs de médio porte, Stellar Blade mantém uma performance estável acima de 60 FPS em 1080p. Isso pode mitigar parte do impacto negativo da DRM, especialmente se a Shift Up continuar ajustando o jogo pós-lançamento.
Com informações do: FlowGames
