Novo portátil da Sony pode revolucionar o mercado de jogos

A Sony está avaliando um novo projeto de console portátil, que seria o sucessor do PS Vita, segundo fontes do setor. Embora a empresa ainda não tenha confirmado oficialmente, rumores indicam que a AMD será responsável pelo desenvolvimento do processador, enquanto a Samsung ficaria encarregada da fabricação usando tecnologia de 2 nanômetros.

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As informações foram divulgadas pelo insider Jukanlosreve em uma publicação no X. O projeto, codinome "Jupiter", está em fase de análise e promete um chip com foco em eficiência energética - algo crucial para dispositivos portáteis. Sony, AMD e Samsung ainda estão negociando os termos do acordo, mas planejam utilizar o processo de fabricação SF2P da Samsung.

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Desempenho e estratégia de mercado

De acordo com os vazamentos, o novo console deve chegar ao mercado após 2028 e pode superar o Xbox Series S em desempenho, embora fique abaixo do PlayStation 5 em termos de potência. Isso porque usará uma versão do chip com menos unidades gráficas e largura de banda reduzida, o que afetará diretamente a resolução e a taxa de quadros nos jogos.

Imagem PlayStation Portal, PS Portal, Sony

Mesmo com essas limitações técnicas, o console seria capaz de rodar títulos do PS5, mas com ajustes gráficos para se adaptar ao hardware. Essa abordagem lembra a estratégia da Nintendo com o Switch, priorizando a portabilidade em detrimento de gráficos ultra-realistas.

O mercado de jogos portáteis parece estar no radar da Sony, que já começou a explorar esse segmento com o PlayStation Portal. O acessório, que permite jogar títulos do PS5 remotamente, teve bom desempenho nas vendas e já está recebendo melhorias, como suporte ao streaming via nuvem.

Fonte: Teaktown

Potenciais desafios e oportunidades

Apesar do entusiasmo em torno do possível sucessor do PS Vita, especialistas apontam que a Sony enfrentará desafios significativos. O mercado de portáteis mudou radicalmente desde a era do Vita, com smartphones dominando o espaço casual e a Nintendo controlando o segmento premium com o Switch. Será que os jogadores ainda querem um dispositivo dedicado?

Um fator que pode trabalhar a favor da Sony é a crescente demanda por jogos AAA em dispositivos móveis. Projetos como o Steam Deck e o ASUS ROG Ally mostraram que existe público para experiências premium em formato portátil. A diferença é que esses dispositivos rodam PC games, enquanto a Sony teria seu ecossistema exclusivo de jogos PlayStation.

Outro ponto crucial será a estratégia de preço. O PS Vita sofreu com o alto custo de seus cartões proprietários de memória - um erro que a Sony dificilmente repetiria. Analistas sugerem que o novo portátil precisaria custar entre US$ 300 e US$ 400 para ser competitivo, especialmente considerando que o Switch 2 deve chegar nessa faixa.

Integração com o ecossistema PlayStation

Fontes próximas ao projeto indicam que a Sony está considerando várias abordagens para integrar o novo portátil ao seu ecossistema existente. Uma possibilidade seria permitir que o dispositivo acessasse a biblioteca da PlayStation Plus Premium, oferecendo streaming de jogos PS5 com a opção de downloads locais para títulos menos exigentes.

Também há especulações sobre compatibilidade com o PlayStation VR2. Embora improvável que o portátil suporte realidade virtual nativamente, ele poderia funcionar como um dispositivo secundário para experiências sociais ou como tela alternativa - similar ao que o Wii U oferecia com seu GamePad.

O maior trunfo da Sony, no entanto, pode estar na retrocompatibilidade. Se o novo portátil for capaz de rodar jogos PS4 nativamente (com ajustes visuais), isso daria ao dispositivo uma biblioteca instantânea de milhares de títulos - uma vantagem significativa sobre concorrentes como o Steam Deck, que depende da compatibilidade com jogos PC.

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O que os desenvolvedores pensam?

Conversas com estúdios independentes revelam um interesse cauteloso no projeto. "Se a Sony conseguir entregar um hardware acessível com uma base instalada significativa, certamente valeria a pena desenvolver para ele", comenta o CEO de um estúdio que lançou jogos tanto para Vita quanto para Switch.

No entanto, há preocupações sobre a fragmentação. Muitos desenvolvedores já lutam para otimizar jogos para as diferentes configurações do PS5, PS4 e, potencialmente, PS5 Pro. Adicionar mais um hardware à equação poderia sobrecarregar equipes menores, a menos que a Sony ofereça ferramentas excepcionais de escalabilidade.

Curiosamente, alguns veem potencial no dispositivo como plataforma para experiências únicas. "O Vita tinha recursos como touchscreen traseira e giroscópio que poucos jogos exploravam completamente", observa um designer de jogos indie. "Se a Sony aprender com esses erros e focar em uma proposta clara, poderia reviver o espírito inovador do PSP nos anos 2000."

Com informações do: Adrenaline