A Capcom confirmou oficialmente que Resident Evil Requiem chegará ao Nintendo Switch 2, junto com ports completos de Resident Evil 7: Biohazard e Resident Evil Village. A noticia veio através de um vazamento preciso que revelou detalhes sobre o tratamento da franquia no aguardado console portátil da Nintendo.
O que é o Resident Evil Requiem?
Para quem não está familiarizado, Resident Evil Requiem não é um jogo novo, mas sim uma coletânea que já está disponível em outras plataformas. Ela reúne duas experiências em realidade virtual: Resident Evil 7: Biohazard VR e Resident Evil Village VR. A grande questão que todos estão se perguntando é: como esses jogos, conhecidos por sua intensidade gráfica e imersão profunda, se comportarão no hardware portátil do Switch 2?
Na minha opinião, o sucesso dessa empreitada vai depender totalmente da otimização. A Capcom tem histórico misto com ports – às vezes acerta em cheio, outras vezes deixa a desejar. Será que o Switch 2 terá poder suficiente para entregar uma experiência VR satisfatória? A resposta ainda é um mistério.
Além da coletânea: RE7 e Village completos
O anúncio vai além do Requiem. A Capcom também está trazendo versões completas de Resident Evil 7 e Resident Evil Village para o Switch 2. Isso é particularmente interessante porque o Switch original nunca recebeu esses títulos, provavelmente devido às limitações técnicas.
Isso nos dá uma pista importante sobre as capacidades do sucessor do Switch. Se ele for capaz de rodar jogos da geração RE7 e Village sem grandes compromissos, estaremos olhando para uma máquina significativamente mais poderosa. Lembro-me de tentar jogar Cloud Versions no Switch e a experiência não era exatamente ideal... então ter versões nativas é um avanço e tanto.
O que isso significa para o futuro do Switch 2?
Esta movimentação da Capcom é um forte indicativo de que o Switch 2 não será apenas uma evolução incremental, mas sim um console que poderá competir com as experiências de PS4 e talvez até arranhar o território do PS5 em termos de ports. Ter três grandes títulos da franquia Resident Evil chegando simultaneamente é uma declaração de intentos.
Suporte de grandes third-parties: A Capcom está apostando forte no hardware
Experiências VR em portátil: Um território praticamente inexplorado
Ports completos, não cloud versions: Um alívio para quem sofreu com latência
E você? Está animado para jogar Resident Evil no próximo portátil da Nintendo? A coletânea VR é um bom incentivo para você considerar o Switch 2? São perguntas que valem a pena considerar, especialmente se você é fã da franquia.
Restam dúvidas sobre preço, data de lançamento específica e como exatamente a experiência VR funcionará no dispositivo. Será que precisaremos de acessórios específicos? O console virá com capacidades VR integradas ou será necessário comprar periféricos separados? São detalhes que farão toda a diferença na recepção final desses jogos.
Desafios técnicos e expectativas de performance
Quando penso nos requisitos técnicos do Resident Evil 7 e Village, especialmente em suas versões VR, não consigo evitar certa apreensão. Esses são jogos que dependem muito de uma taxa de quadros estável para evitar motion sickness – algo que nem sempre foi o ponto forte do Switch original. O Switch 2 precisará entregar pelo menos 60fps consistentes para que a experiência VR seja minimamente confortável.
Lembro-me de conversar com um amigo desenvolvedor que trabalhou em ports para Switch, e ele sempre destacava como a otimização para a arquitetura Tegra da Nvidia era tanto um desafio quanto uma oportunidade. A Capcom certamente terá que fazer ajustes significativos nos efeitos de iluminação, texturas e partículas para que tudo funcione bem no hardware portátil.
O mercado de VR portátil: terreno inexplorado
O que mais me intriga nesse anúncio é a aposta da Nintendo no mercado de realidade virtual portátil. Até onde sei, nenhum console portátil mainstream conseguiu oferecer uma experiência VR convincente até agora. O Switch 2 poderia ser o primeiro – mas como?
Especulo se a Nintendo desenvolverá algum tipo de headset VR específico para o console, ou se utilizará uma abordagem mais simples, como aqueles encaixes de cardboard que transformam o console em um headset básico. Particularmente, acho que a segunda opção seria mais provável, mantendo o custo acessível que sempre caracterizou a Nintendo.
Mas e a questão do rastreamento de movimento? Sem as câmeras externas do PSVR ou os sensores avançados do Oculus, como o Switch 2 proporcionará uma experiência imersiva? Talvez utilizem giroscópios e acelerômetros internos, combinados com algum tipo de rastreamento por câmera – mas confesso que tenho minhas dúvidas sobre a eficácia disso tudo.
Impacto no catálogo de lançamento do Switch 2
A chegada simultânea de três títulos Resident Evil no lançamento do Switch 2 (ou próximo a ele) envia uma mensagem poderosa para o mercado. Mostra que a Nintendo está levando a sério o apoio de third-parties desde o início, algo que foi crucial para o sucesso do Switch original, mas que levou algum tempo para se consolidar.
Diversidade de experiências: De horror em primeira pessoa à ação mais tradicional
Apelo a diferentes públicos: Desde os fãs de VR até jogadores casuais
Demonstração de poderio técnico: Mostrar o que o hardware realmente consegue fazer
Me pergunto se a Capcom planeja trazer mais títulos da franquia para o Switch 2. Os remakes de Resident Evil 2 e 3 fariam muito sentido, assim como o Resident Evil 4 – que curiosamente já teve uma versão para o GameCube, então há um histórico de parceria entre as empresas.
Preocupações com preço e modelo de negócio
Algo que me preocupa é como a Capcom e a Nintendo precificarão esses jogos. O Resident Evil Requiem é uma coletânea que já está disponível há algum tempo em outras plataformas, então espero que não tentem cobrar preço de lançamento completo. Seria inteligente oferecer um bundle com desconto para quem comprar os três jogos juntos.
E quanto ao suporte pós-lançamento? Tanto o RE7 quanto o Village receberam DLCs substanciais – será que todo esse conteúdo estará incluído nas versões do Switch 2? Ou os jogadores terão que comprar tudo separadamente? São detalhes que podem fazer muita diferença na percepção de valor.
Na minha experiência, ports que chegam tarde demais e ainda são vendidos a preço cheio tendem a performar mal comercialmente. A Capcom precisa aprender com erros passados – lembra do Resident Evil Revelations Collection para Switch? Chegou com preço inflacionado e vendeu abaixo das expectativas inicialmente.
O fator surpresa da Nintendo
Se tem uma coisa que aprendi acompanhando a Nintendo todos esses anos é que eles sempre têm uma ou duas cartas na manga. Talvez o Switch 2 tenha algum recurso hardware secreto que torne a experiência VR mais convincente do que imaginamos. Quem diria, anos atrás, que estaríamos discutindo a possibilidade de jogar Resident Evil 7 em VR em um portátil?
Resta saber se outras empresas seguirão o exemplo da Capcom. Se o Switch 2 realmente conseguir oferecer uma experiência VR decente, poderíamos ver ports de outros jogos de realidade virtual – talvez até títulos como Half-Life: Alyx, se Valve estiver disposta a fazer os ajustes necessários. É sonhar alto, mas o anúncio de hoje mostra que pelo menos alguém está levando a sério a ideia de VR portátil.
E enquanto aguardamos mais informações, não consigo evitar de imaginar como será jogar a sequência da casa dos Baker ou enfrentar a Lady Dimitrescu no modo portátil. A imersão do VR combinada com a conveniência do portátil pode ser a combinação perfeita – ou uma receita para o desastre técnico. Só o tempo – e a competência dos engenheiros da Capcom – dirá.
Com informações do: IGN Brasil