Fabricante de estátuas dá indícios concretos sobre remake
O que parecia ser apenas um rumor persistente ganhou força com declarações surpreendentes da Pure Arts, empresa especializada em estátuas temáticas de jogos. Durante o lançamento de uma nova linha de produtos de Assassin's Creed, representantes da companhia confirmaram indiretamente que um remake de Black Flag está em desenvolvimento.
"Fãs de Assassin's Creed por aí, vocês devem estar atentos que algo está acontecendo com Edward", afirmou um funcionário durante o evento. A ausência de uma nova estátua do protagonista Edward Kenway na coleção foi justificada com a sugestão de que a Ubisoft estaria "preparando algo" para o título.
O longo caminho até a confirmação
Os primeiros indícios desse remake surgiram ainda em 2023, quando fontes do Kotaku revelaram que o projeto estava sendo desenvolvido pela Ubisoft Singapura - o mesmo estúdio por trás de Skull and Bones. Desde então, várias peças desse quebra-cabeça foram se encaixando:
Vagas de emprego específicas em 2024 sugerindo desenvolvimento de um remake
Relatos do Insider-Gaming sobre o andamento do projeto
O adiamento devido ao lançamento de Assassin's Creed Shadows
Curiosamente, essa não seria uma iniciativa isolada. Segundo informações, a Ubisoft estaria planejando pelo menos 10 remakes de jogos da franquia, sendo Black Flag apenas o primeiro da lista.
O que muda no novo Black Flag?
Lançado originalmente em 2013, Black Flag revolucionou a série com sua ênfase na exploração naval e no combate pirata. O jogo não apenas foi aclamado pela crítica como estabeleceu sistemas que seriam usados em títulos posteriores como Odyssey e o próprio Skull and Bones.
Embora detalhes específicos ainda sejam escassos, especula-se que o remake trará:
Gráficos significativamente aprimorados
Sistemas de progressão mais alinhados com os RPGs recentes da série
Possíveis expansões no conteúdo naval
Mecânicas de parkour atualizadas
Enquanto aguardamos anúncios oficiais - que podem ocorrer durante o Xbox Showcase ou Summer Game Fest - fica a pergunta: como a Ubisoft irá equilibrar a nostalgia pelo jogo original com as expectativas por inovações? O sucesso do remake pode depender justamente dessa equação delicada entre preservar o que fez o sucesso do título e oferecer experiências novas para os fãs.
Expectativas e desafios do remake
O anúncio indireto da Pure Arts reacendeu discussões sobre o que os fãs realmente esperam de um remake de Black Flag. Nas redes sociais, comunidades de jogadores estão divididas entre aqueles que desejam uma experiência fiel ao original e os que esperam mudanças mais radicais. Alguns pontos-chave emergiram nesse debate:
A preservação da trilha sonora icônica, composta por Brian Tyler
O possível retrabalho do sistema de combate naval, que poderia incorporar lições aprendidas com Skull and Bones
A inclusão de missões secundárias mais elaboradas nas ilhas do Caribe
O tratamento das sequências de perseguição notória, consideradas por muitos como desafiadoras demais
Um dos maiores desafios técnicos será, sem dúvida, a modernização do sistema de navegação. Embora revolucionário para a época, os mares de Black Flag podem parecer limitados pelos padrões atuais. Como conciliar a escala impressionante dos jogos atuais com a intimidade da experiência pirata original?
O impacto na franquia Assassin's Creed
A decisão da Ubisoft em investir em remakes não é casual. Após o sucesso do remake de Resident Evil 4 e do recente Demon's Souls, o mercado demonstrou apetite por releituras bem executadas de clássicos. Para a franquia Assassin's Creed, que completa 17 anos em 2024, essa estratégia pode servir a múltiplos propósitos:
Atrair novos jogadores que não vivenciaram os títulos originais
Testar mecânicas que podem ser incorporadas em jogos futuros
Preencher lacunas entre lançamentos principais da série
Capitalizar na nostalgia dos fãs de longa data
Especialistas do setor apontam que o sucesso (ou fracasso) do remake de Black Flag pode determinar o futuro dos outros nove remakes planejados. Se bem recebido, poderíamos ver versões modernizadas de títulos como Assassin's Creed II ou até mesmo do primeiro jogo da série, lançado em 2007.
Um fator interessante é como a Ubisoft lidará com os elementos multiplayer que estavam presentes no original. O modo Wolfpack, bastante popular na época, poderia ser reinventado para o público atual ou talvez substituído por experiências cooperativas mais elaboradas. A empresa tem experimentado com diferentes formatos multiplayer em jogos como The Division e Rainbow Six, então seria natural que trouxessem esse conhecimento para o universo Assassin's Creed.
Comparações com Skull and Bones
Não se pode discutir um remake de Black Flag sem mencionar Skull and Bones, o jogo de pirataria da Ubisoft que teve desenvolvimento conturbado e recepção morna. Muitos viram no título uma espécie de "spin-off espiritual" de Black Flag, mas as diferenças acabaram decepcionando parte da base de fãs.
O remake apresenta uma oportunidade para a Ubisoft corrigir alguns desses deslizes:
Integração mais orgânica entre combate naval e exploração terrestre
Sistema de progressão de navio mais satisfatório
História com personagens mais carismáticos e desenvolvidos
Maior variedade de atividades além do combate naval
Curiosamente, o estúdio por trás do remake - a Ubisoft Singapura - foi justamente o principal desenvolvedor de Skull and Bones. Será que a equipe está usando essa experiência para aprimorar o que não funcionou no jogo mais recente? Essa conexão pode explicar por que Black Flag foi escolhido como o primeiro remake da lista, servindo quase como uma "segunda chance" para o estúdio.
O legado de Edward Kenway
Edward Kenway permanece como um dos protagonistas mais carismáticos da franquia, e seu retorno em um remake levanta questões interessantes sobre como sua história será apresentada para novas gerações. O personagem marcou pela complexidade moral - um pirata que acaba envolvido na guerra entre Assassinos e Templários quase por acidente.
Com a evolução da escrita nos jogos da Ubisoft, é possível que o remake explore:
Relações mais profundas entre Edward e sua tripulação
Conflitos internos do protagonista com maior nuance
Eventos históricos do período com mais detalhes
Conexões com outros jogos da franquia, especialmente Assassin's Creed III
Vale lembrar que Black Flag foi o primeiro jogo da série a realmente mergulhar na mitologia dos Isu, os predecessores da humanidade no universo Assassin's Creed. Com o conhecimento acumulado ao longo de tantos jogos, como a Ubisoft irá recontextualizar essas sequências enigmáticas? Elas poderiam ser expandidas ou talvez integradas de forma mais orgânica à narrativa principal.
Com informações do: Adrenaline
