Criador de Silent Hill e Slitterhead já trabalha em novo projeto

Keiichiro Toyama, o lendário criador da franquia Silent Hill e diretor do aguardado Slitterhead, já está trabalhando em seu próximo projeto. Em entrevista recente, Toyama mencionou que poderá revelar mais detalhes sobre esse novo jogo "em algum momento no futuro".

O desenvolvedor, que fundou o estúdio Bokeh Game Studio após deixar a Sony Japan Studio, parece estar mantendo seu ritmo criativo acelerado. Enquanto Slitterhead ainda não foi lançado (com previsão para 2024), Toyama já vislumbra o que vem depois.

O que esperar do novo projeto?

Apesar da escassez de detalhes, algumas pistas podem ser tiradas das declarações de Toyama e de seu histórico:

  • O jogo provavelmente manterá o estilo de horror psicológico que marcou sua carreira

  • Pode explorar novas mecânicas de gameplay, assim como Slitterhead promete fazer

  • O desenvolvimento parece estar em estágio inicial, sem previsão de anúncio oficial

Curiosamente, Toyama descartou a possibilidade de uma sequência direta para Slitterhead, pelo menos por enquanto. "Slitterhead 2 não está nos planos", afirmou o criador, sugerindo que prefere explorar novas ideias e conceitos.

O legado de um mestre do horror

Keiichiro Toyama é responsável por alguns dos jogos mais icônicos do gênero de terror. Além de criar Silent Hill (1999), trabalhou em títulos como Siren (2003) e Gravity Rush (2012). Sua capacidade de criar atmosferas opressivas e narrativas perturbadoras o tornou uma figura reverenciada entre fãs de horror.

Com Slitterhead, Toyama promete inovar ao misturar elementos de ação com terror tradicional. O jogo, que será lançado para PC e consoles, apresenta criaturas grotescas e um sistema de combate único onde os jogadores podem possuir diferentes corpos.

O processo criativo de Toyama e suas influências

Em diversas entrevistas ao longo dos anos, Toyama revelou aspectos interessantes sobre sua abordagem criativa. Ele frequentemente busca inspiração em filmes de terror asiáticos e ocidentais, além de literatura psicológica. "Me interessa mais o terror que vem da mente humana do que monstros óbvios", comentou em uma palestra na Tokyo Game Show.

Seus jogos costumam apresentar:

  • Protagonistas complexos com traumas não resolvidos

  • Ambientes que refletem estados psicológicos

  • Mistérios que se desdobram gradualmente

  • Uma estética visual distinta que mistura o grotesco com o cotidiano

Os desafios de um estúdio independente

A fundação da Bokeh Game Studio em 2020 marcou uma nova fase na carreira de Toyama. Embora tenha mais liberdade criativa como independente, ele também enfrenta desafios diferentes dos tempos em que trabalhava para grandes publishers. "Quando você está em uma grande empresa, há toda uma infraestrutura de apoio. Agora precisamos ser mais estratégicos com nossos recursos", admitiu em entrevista ao Famitsu.

O desenvolvimento de Slitterhead tem sido um teste para esse novo modelo de trabalho. O jogo está sendo criado com uma equipe enxuta, mas altamente especializada, incluindo vários colaboradores de longa data de Toyama. A experiência está moldando como ele abordará seu próximo projeto.

O que o futuro reserva?

Embora Toyama permaneça vago sobre detalhes concretos, ele deixou escapar algumas preferências pessoais que podem influenciar seu próximo trabalho. Em conversas recentes, expressou interesse em explorar:

  • Temas de identidade e transformação

  • Mecânicas que desafiem a percepção do jogador

  • Narrativas não-lineares que recompensem múltiplas jogatinas

  • Tecnologias emergentes de IA para criação de diálogos

Uma coisa é certa: Toyama parece determinado a continuar evoluindo seu estilo único, sem se prender às expectativas do mercado. "Depois de todos esses anos, ainda me sinto desafiado a criar experiências que perturbem e fascinem os jogadores", refletiu durante um podcast sobre desenvolvimento de jogos.

Com informações do: IGN Brasil